Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

“A Terra é chata” e outras notas de Carlos Brickmann

Espera-se que o presidente esteja na luta para aprovar pelo menos a Previdência, que permitiria ao país respirar e crescer

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 30 jul 2020, 19h50 - Publicado em 7 abr 2019, 07h15

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Paulo Guedes defende sozinho a reforma da Previdência, a votação mais importante que está na Câmara. Sergio Moro defende sozinho seu pacote anticorrupção, a votação mais importante que está no Senado. O presidente Bolsonaro, enquanto isso, toma decisões: a) encontra-se com Romero Jucá e promete abandonar a expressão “velha política” (de agora em diante, diz, é a “boa política” contra a “má política”); b) anuncia que, ao que tudo indica, não mais haverá horário de verão; c) diz à imprensa, mas não ao principal interessado, que na segunda-feira deve demitir o ministro da Educação, que replicou dizendo que não vai entregar o cargo. Demissão “um dia desses” é novidade. Mais novidade é demitir um ministro que, qual Viúva Porcina, foi sem nunca ter sido. Como demitir alguém que, em mais de três meses, não chegou a exercer o cargo? Já o ministro tem toda a razão ao dizer que não vai entregar o cargo: se o cargo nunca foi exercido por ele, como entregá-lo?

Esperava-se que, em Israel, o presidente assinaria acordos que trouxessem ao Brasil a tecnologia de agricultura em terras áridas, que poderia fazer do Nordeste uma região próspera, uma reedição do trabalho do agronegócio. Aliás, não eram acordos desse tipo que o ministro Marcos Astronauta Pontes esteve lá negociando? Esperava-se que o presidente estivesse na luta para aprovar pelo menos a Previdência, que permitiria ao país respirar e crescer.

Nada disso: como diz um guru do presidente, a Terra é chata. Muito chata.

 

Causa e efeito

Não é a mídia esquerdista, não são sociólogos petistas enrustidos, não é “pesquisa fake”: é uma empresa de investimentos de excelente reputação, a XP, que contrata pesquisas para orientar investidores, que mostra nova queda na popularidade de Bolsonaro. O presidente perdeu, em um mês, mais 2 pontos. Hoje, seu Governo é bom ou ótimo para 35% do eleitorado (eram 37%); e ruim ou péssimo para 26% (eram 24%). Para Bolsonaro, o melhor resultado da pesquisa é que 62% acham que ele representa a nova política.

 

Nhô ruim, nhô pior

Continua após a publicidade

E, mesmo com as trapalhadas do Governo, está difícil escolher outra corrente política. O PSDB, além de ter saído estilhaçado, está sob o comando formal de Alckmin, mas o comando real é de Doria. E a turma de um não se bica com a turma do outro. O DEM pode não admitir, mas com três ministros e as demonstrações de afeto entre Bolsonaro e ACM Neto, é claro que é o partido político governista mais estruturado (e que até agora não conseguiu botar ordem na casa). E o PT e seus penduricalhos, mesmo beneficiados por uma inacreditável falha da liderança do Governo, que os deixou sozinhos no diálogo do ministro, nada tinha a dizer senão insultos e grosserias. Não dá.

 

Desculpe o mau jeito

Bolsonaro voltou de Israel com muita disposição: já se reuniu com vários dirigentes de partidos e seis lhe prometeram apoio à reforma da Previdência, embora não se mostrem dispostos a integrar a base do Governo. Bolsonaro lhes pediu desculpas pelas caneladas. Os dirigentes prometeram, e talvez até cumpram a promessa de apoiar a reforma. E Bolsonaro talvez até deixe de distribuir caneladas. Mas seu filho Carlos, o 02, continua pronto para agir.

Continua após a publicidade

 

Meus caros amigos

Quem vem sendo atendido, na medida do possível, é o agronegócio. Sua representante, a ministra da Agricultura, trabalha em silêncio e ganha todas. Agora, Bolsonaro assinou o decreto que dá um bom desconto na conta de luz dos produtores rurais. Com isso, o Governo gastará R$ 3,4 bilhões por ano.

 

Outros amigos

Bolsonaro promete também assinar, nos próximos dias, a concessão de 13º para os beneficiários da Bolsa Família. Foi promessa de campanha.

 

Quem paga

Continua após a publicidade

Já quem ganha salário deve ter más notícias nos próximos dias: a partir do próximo reajuste, o salário mínimo subirá tanto quanto a inflação. Outros índices que poderiam reforçar o mínimo, como o crescimento do Produto Interno Bruto em anos anteriores, ficarão oficialmente de fora.

 

Previdência própria

A reforma da Previdência (que, apesar dos tropeções e caneladas, marcha para a aprovação) cria nova necessidade de investimento, para complementar a aposentadoria: a previdência privada. O assalariado vai poupando ao longo de sua vida de trabalho e, quando se aposentar, contará com os rendimentos que tiver obtido. A expectativa é grande: Luiz Barsi, que enriqueceu com os investimentos em ações (é até apelidado de Warren Buffet brasileiro) fará palestra, “Ações garantem o futuro”, e as inscrições se esgotaram no primeiro dia. Ver pessoalmente não é mais possível, mas haverá transmissão ao vivo no dia 10, às 18h30, neste link. OEB é o projeto educacional de Louise, filha de Barsi, com os investidores Fábio Baroni e Felipe Ruiz, que ensina o público a poupar para a aposentadoria.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.