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A fraude mascara o fiasco do PAC

Primeiro o presidente Lula debitou os atrasos nas obras do PAC na conta dos fiscais do Ibama. Depois, garantiu que o Brasil só não fora transformado no maior canteiro de obras do planeta por culpa da perereca gaúcha, do bagre do rio Madeira e das machadinhas indígenas. Em seguida, descobriu que a rede de sabotadores […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 15h49 - Publicado em 2 mar 2010, 18h29

Primeiro o presidente Lula debitou os atrasos nas obras do PAC na conta dos fiscais do Ibama. Depois, garantiu que o Brasil só não fora transformado no maior canteiro de obras do planeta por culpa da perereca gaúcha, do bagre do rio Madeira e das machadinhas indígenas. Em seguida, descobriu que a rede de sabotadores da grandeza da pátria agia sob o comando dos ministros do Tribunal de Contas da União. Até que não restou ninguém mais a responsabilizar ─ e o maior governante desde Tomé de Souza, em parceria com Dilma Rousseff, resolveu acobertar a coleção de fiascos com truques de estelionatário.

Uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo na edição desta terça-feira revela que os balanços do PAC têm sido discretamente maquiados ou grosseiramente fraudados para induzir o país a acreditar que vai muito bem o que se arrasta, patina ou não sai do lugar. Se o governo não adotasse a metodologia da vigarice, o mapa das obras seria um oceano de carimbos vermelhos (“preocupante”) e amarelos (“atenção”), com um punhado de ilhas assinaladas em verde (“adequado”). Graças à maquiagem operada por trocas de datas e palavras, o desastre administrativo é apresentado como a prova definitiva de que não há outra gerente de país como Dilma Rousseff.

O trecho norte do Ferroanel de São Paulo não vai ficar pronto no quarto trimestre deste ano, como se previu em 2007? Troque-se “conclusão da obra” por “conclusão do projeto”. O eixo norte da transposição do Rio São Francisco, com inauguração prevista para dezembro de 2012, vai esperar até o fim de 2014? Altere-se a data com discrição de punguista e não se fale mais nisso. O trecho Lapa-Pirajá do metrô de Salvador será só parcialmente concluído em dezembro? Inaugure-se a fatia possível e o próximo governo que cuide do resto.

A leitura da reportagem reafirma que Lula e Dilma são incompatíveis com a verdade. Fosse outro o país, a dupla de fraudadores, como na imagem de Nelson Rodrigues, estaria sentada no meio-fio chorando lágrimas de esguicho. Como o Brasil deu de tratar mentirosos compulsivos com a complacência reservada a meninos travessos, Lula vai continuar inaugurando pedras fundamentais e zombando, com o desembaraço dos inimputáveis, da inteligência do Brasil que presta.

“Tem gente que devia ter vergonha de torcer pra que dê tudo errado no governo do operário que virou presidente”, declamará outra vez.  Tem presidente que não tem vergonha de nada.

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