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“O horror, o horror” e outras sete notas de Carlos Brickmann

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann CARLOS BRICKMANN É melhor um fim horroroso do que um horror sem fim. Dilma optou pelo pior: uma presidente mandona que não manda, cercada de ministros que não conhece nem pelo nome e por políticos que só não são do baixo clero porque para eles baixo clero é promoção. […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h23 - Publicado em 4 out 2015, 14h44

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN

É melhor um fim horroroso do que um horror sem fim. Dilma optou pelo pior: uma presidente mandona que não manda, cercada de ministros que não conhece nem pelo nome e por políticos que só não são do baixo clero porque para eles baixo clero é promoção. Para posar de comandanta, Dilma deixou de ser Dilma ─ menos na habitual grosseria, pois demitiu um ministro por telefone e substituiu um intelectual de prestígio por Aloizio Mercadante; haverá humilhação maior?

Mas evite-se dizer que boa parte dos novos ministros não seja capaz de nada. Ao contrário, há ali muita gente capaz de tudo. Por que terá o PMDB exigido sete ministérios, e dos bons? Para reestruturar a administração? Para impor um novo e eficiente modo de governar? Para recriar a gestão pública em novos e melhores moldes? Pode ser ─ mas o mais provável é que, e ainda mais com uma presidente arroganta e fraca, queiram sugar o que resta das murchas tetas estatais.

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Dilma talvez considere que tenha condições de desempenhar um papel de rainha da Inglaterra, guardiã das tradições, símbolo da unidade nacional. Mas a rainha Elizabeth não tem de explicar como é que seu pessoal de confiança se envolveu em escândalos de corrupção, nem precisa lidar o tempo todo com investigações que ameaçam atingir até mesmo seu padrinho político (e que levaram à prisão dois dos tesoureiros de seu partido, mais o marechal petista que era chamado de “capitão do time”). Guardar as tradições petistas talvez não seja uma boa ideia.

E, convenhamos, para simbolizar a unidade nacional não basta uma coroa.

 

O cipó vai…

Os governistas ficaram felizes com a denúncia, que deve ser investigada seriamente, de que Eduardo Cunha recebeu propinas depositadas em bancos suíços. Cunha é, neste momento, o líder informal da oposição, e a denúncia da propina irá no mínimo enfraquecê-lo, o que certamente levará alguma alegria a Dilma. Mas Cunha tem algum tempo, e pode usá-lo para dificultar mais a vida da presidente. Pode acelerar o andamento do impeachment, e mobilizar seus seguidores para derrubar os vetos de Dilma a medidas que aumentam os gastos estatais.

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…o cipó vemE há problemas potencialmente muito mais graves mordendo os calcanhares do governo. Uma consultoria que atuou como lobista na prorrogação dos incentivos fiscais às fabricantes de veículos transferiu R$ 2 milhões para a LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente que autorizou a prorrogação. A transferência de recursos é confirmada pelo próprio Luís Cláudio, que a atribui a pagamento por serviços de marketing esportivo. A lobista jamais trabalhou na área de Esportes, mas uma vez tem de ser a primeira, não? Só falta revelar qual a atividade que motivou o pagamento. A lobista é investigada pela Operação Zelotes (fraudes em pagamento de impostos).

Há ainda pela frente duas outras questões complicadas: a Polícia Federal pediu ao Supremo (com apoio do procurador-geral da República, Rodrigo Janot) para ouvir Lula; e há indícios de que dinheiro desviado da Petrobras, no escândalo do Petrolão, foi usado para pagar parte da campanha de Dilma à Presidência da República. E pode piorarA Medida Provisória editada pelo presidente Lula passou, para publicação, pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que examinava tudo em detalhes.

Se houve irregularidade, atinge o filho, atinge o criador, atinge a criatura.As palavras e os fatosA promessa era cortar na própria carne as despesas do governo Federal. Prometia-se o corte de mil cargos de confiança para reduzir gastos. Os fatos reais: o excelente portal Contas Abertas (www.contasabertas.com.br) mostra que o governo federal tem hoje 100.313 funcionários em cargos de confiança ─ ou seja, estão lá sem concurso e ganhando mais que os outros, concursados. Nos Estados Unidos, com população e renda bem maiores, há oito mil cargos de confiança. Fim de feiraA propósito dos rumores sobre o fim do programa Farmácia Popular, parece que há exageros. Mas, conforme informação oficial do Ministério da Saúde, não há previsão de verba para o programa a partir de janeiro. Pelo menos 24 remédios mais caros (para mal de Parkinson, osteoporose, colesterol) podem perder os benefícios que levam a um desconto de 90% nos preços. Em aritmética simples, o preço hoje pago pelo remédio de uso contínuo pode ser multiplicado por dez.Resumo geralPara manter-se no poder a qualquer custo, Dilma optou pelo horror sem fim. Mas corre o sério risco de ver sua Presidência caminhar para um fim horroroso.Protesto inflávelO primeiro da nova safra foi o Pixuleco: um boneco inflável de Lula, com roupa de presidiário e, no peito, os números 13 (do PT) e 171 (artigo do Código Penal que trata de estelionato). Depois vieram a Pinóquia, uma Dilma também com os números no peito e nariz comprido, e o Raddard, um prefeito paulistano de nariz torto. Agora é o pato da Fiesp, do “não pague o pato”. O Pato Inflável e um bando de patinhos estão viajando pelo Brasil. 

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Primeira parada: Brasília.

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