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“O certo e o errado” e outras nove notas de Carlos Brickmann

Dilma teve ministros demais, não chegou a conhecê-los. Imagina que se envergonham, embora conviva com quem não se envergonha de dizer que aqueles imóveis não são seus

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h03 - Publicado em 21 ago 2016, 07h01

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

Faz pouco mais de 200 anos, na Europa. O rei francês Luís 16, da família Bourbon, tinha sido deposto e executado, Napoleão Bonaparte havia conquistado meia Europa e sido depois derrotado, outro rei da família Bourbon, Luís 18, chegara ao poder. O francês Talleyrand foi ministro dos diversos governos franceses inimigos entre si; foi demitido por corrupção e readmitido. Faz lembrar outros políticos, de outro país, de outra época, coerentes ao apoiar sempre o Governo, seja ele qual for. Mas foi também um fino observador político. E deu a seguinte opinião, ferina e precisa, sobre a família Bourbon: “Nada esqueceram, nada aprenderam”.

Há mais coisas na França da época, aliás, que relembram o Brasil. Como a família imperial brasileira, que é de Bragança, mas também Bourbon.

Voltemos no Brasil. Dilma Rousseff vai ao Senado no dia 29. Entregará aquela carta patética – que, mesmo que fosse impecável, não teria efeito, por ser muito tarde. Irá em pessoa fazer a defesa, para constranger os seis senadores que foram seus ministros e votaram contra ela no impeachment. Quer expô-los à opinião pública, vingar-se da traição que sofreu.

Dilma teve ministros demais, não chegou a conhecê-los. Imagina que se envergonham, embora conviva com quem não se envergonha de dizer que aqueles imóveis não são seus e que não sabia de nada. Busca constranger quem nem sabe o que é isso.

Dilma nada esqueceu e nada aprendeu.

 

Quem é quem

Dilma acha que vai constranger Édison Lobão (PMDB – MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB – PE), Garibaldi Alves (PMDB – RN), Marta Suplicy (PMDB – SP), Eduardo Braga (PMDB – AM) e Marcelo Crivella (PRB – Rio). Todos foram seus ministros. Braga foi ainda líder do Governo.

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No roteiro

Após dizer que é vítima de golpe e de pedir justiça, Dilma deve chorar.

 

Depois do choro, choro

Após o impeachment, Dilma perde o foro privilegiado. O inquérito do Supremo sobre obstrução da Justiça vai para a primeira instância. Pode acontecer de, ao lado de Lula, ser interrogada pelo juiz Sérgio Moro.

 

Zero mais zero, zero

O pedido de explicações da OEA, sobre o impeachment de Dilma, é formal, feito quando há uma denúncia. A OEA não tem qualquer jurisdição sobre o Brasil. Mesmo que considere correta a denúncia, só pode fazer campanhas, manifestações, abaixo-assinados – que irão para a Cesta Seção.

 

Temer e PSDB, tudo a ver

A reunião de Temer com os tucanos, na quarta, foi ultra amigável. Diante das queixas sobre os vaivéns da área econômica, Temer disse que a economia terá a cara do PSDB. E Aécio Neves acreditou.

 

Temer e PSDB, nada a ver

Na véspera, quando prepararam a reunião, as coisas foram mais quentes, como narra o colunista Cláudio Humberto. O PSDB, temendo que Temer saia à reeleição, ou apoie Henrique Meirelles, pediu que ele se comprometa a apoiar um tucano. “Sem problemas”, disse Temer. Peço que me tragam um nome de consenso, no jantar de amanhã, e eu o apoiarei”. Maldade pura: Aécio, Serra, Alckmin?  O PSDB é um partido formado exclusivamente por amigos, sendo todos eles inimigos.

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Puna-se a vítima

Que tal a decisão da Justiça de rejeitar a indenização ao repórter fotográfico Sérgio Silva, que perdeu a visão de um olho ao ser alvejado com bala de borracha por um policial, na cobertura de uma manifestação? Segundo a sentença, “ao se colocar na linha de confronto entre a polícia e os manifestantes, [Silva] voluntária e conscientemente assumiu o risco de ser alvejado por alguns dos grupos em confronto”.

Claro que a culpa é da vítima: se fosse lojista, estaria na loja (sujeito apenas a balas de bandidos) e não no conflito. Se fosse uns 15 cm. mais baixo, a bala não o atingiria. Mas em que outro lugar queria Vossa Excelência que o fotógrafo estivesse?

 

Festa do caqui

A Câmara Federal voltou a funcionar no início de agosto, depois do recesso de julho. Nesta semana já não houve sessões, porque iria começar a campanha eleitoral. Nas próximas semanas os parlamentares estarão trabalhando na campanha; e começará o recesso branco até 6 de outubro, data do primeiro turno. Na Câmara só não para o fluxo de pagamentos.

 

Festa da uva

O Tribunal de Contas da União elaborou projeto, já em fase de concorrência, para instalar em suas dependências uma barbearia – ou salão de beleza, com barba, cabelo, tintura, escova, massagens, depilação, incluindo a íntima, manicure, pedicure, sobrancelha. O salão deve funcionar no horário de expediente, quando os servidores estão no serviço.

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