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‘Loteiam-se cargos’, editorial da Folha de S. Paulo

PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO DESTA QUARTA-FEIRA Novo arremedo de reforma ministerial amplia inchaço da máquina pública federal e subordina interesses do país ao apetite fisiológico de siglas Há um ano, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente da Câmara de Gestão e Competitividade do governo Dilma Rousseff, declarou num seminário que lhe parecia impossível […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 07h24 - Publicado em 15 nov 2012, 16h34

PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO DESTA QUARTA-FEIRA

Novo arremedo de reforma ministerial amplia inchaço da máquina pública federal e subordina interesses do país ao apetite fisiológico de siglas

Há um ano, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente da Câmara de Gestão e Competitividade do governo Dilma Rousseff, declarou num seminário que lhe parecia impossível administrar um país com 24 ministérios, 14 cargos com status de ministro e 23,5 mil assessores de confiança.

Agora, a soma dos postos de nível ministerial passa para 39, com a criação, pela Câmara dos Deputados, da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa. O novo ministro preencherá 68 cargos sem concurso público. A proposta venceu por 300 votos a favor, 45 contra e uma abstenção.

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A nova secretaria não é, decerto, fruto de uma inadiável necessidade administrativa. Nasce, antes, para reconfirmar a perniciosa prática do loteamento político do Estado, que o PT não se cansa de expandir desde que chegou, há dez anos, ao Palácio do Planalto.

Em seus dois mandatos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva multiplicou de maneira inédita os cargos, verbas e poderes da Presidência -cujo orçamento anual saltou de R$ 3,7 bilhões, ao fim do governo Fernando Henrique Cardoso, para R$ 9,2 bilhões, oito anos depois (ambos valores de 2010).

Quanto a ministros e equivalentes, eram 26 no final da administração FHC e chegaram a 37 sob Lula. Dilma acrescentou ao rol a Secretaria de Aviação Civil.

Tal inchaço tem servido para acomodar apaniguados, em meio à proliferação de siglas a que se assiste no país nos últimos anos.

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A mais recente é o PSD, do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab. Há pouco adversário do PT no pleito municipal, o ex-aliado de José Serra (PSDB) já não poupa elogios ao prefeito eleito e à presidente Dilma. Entre os possíveis ministeriáveis do PSD figuram, além do próprio Kassab, nomes como Guilherme Afif Domingos (vice-governador em São Paulo, eleito na chapa do tucano Geraldo Alckmin), a senadora Kátia Abreu (TO) e o presidente do partido em Minas, Paulo Safady Simão.

Não é só o PSD que espera ser contemplado nessa contrafação de reforma ministerial. Também o PMDB ─ cuja fisiologia parece mais confiável que a do PSB do governador Eduardo Campos (PE) ─ anseia expandir seus domínios.

O partido do vice-presidente Michel Temer quer um ministério de peso e uma vaga para Gabriel Chalita, candidato derrotado à prefeitura paulistana que apoiou Fernando Haddad no segundo turno. Chalita, ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo, é cotado para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação -uma pasta que já foi considerada estratégica para o desenvolvimento do país.

É essa a realidade da vida política brasileira. Um toma lá dá cá que subordina interesses do país ao apetite de partidos, cujo principal objetivo é deitar as mãos em cargos e verbas públicas ─ com as intenções que se podem imaginar.

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