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Por Alberto Carlos Almeida
Opinião política baseada em fatos
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Brasil, um país de golpistas

O que realmente pode prejudicar nosso querido país é o golpismo generalizado, a busca pelo poder por outro caminho que não seja o voto

Por Alberto Carlos Almeida Atualizado em 13 Maio 2020, 13h37 - Publicado em 13 Maio 2020, 13h24

A eleição presidencial não vale nada no Brasil, ou vale muito pouco. A julgar pelo comportamento de muita gente envolvida com política, vivemos em um país de golpistas. Logo depois que Dilma foi reeleita em 2014 houve quem defendesse a anulação do resultado eleitoral. Um óbvio golpe do ponto de vista das pessoas que valorizam voto popular. As urnas eletrônicas tinham acabado de serem desligadas, estavam quentes ainda, e sequer haviam todas sido recolhidas às sedes dos Tribunais Regionais Eleitorais, e já se falava em uma petição ao Tribunal Superior Eleitoral para anular o resultado da eleição.

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Na impossibilidade de se fazer isso optou-se pelo impeachment. É sempre bom lembrar que o afastamento de Dilma ocorreu em 2016 e a eleição estava prevista para 2018. É curioso que o pouco caso em relação ao resultado das urnas tenha levado a maioria dos atores políticos a não aguardar a possibilidade de retirar o PT do poder pelo voto. Ela foi apeada da presidência com 10% do eleitorado considerando seu governo ótimo e bom. A política fez com que os partidários de Dilma caracterizassem seu impeachment com tendo sido um golpe.

Há quatro anos se fala que Dilma foi vítima de golpe. Também é curioso que muitos que veem seu afastamento como golpe agora defendam o impeachment de Bolsonaro. Em se tratando dele, não é golpe, mas afastamento legítimo e necessário, em que pese o fato de ele ter avaliação ótima de 15% do eleitorado e boa de pelo menos 10%. Quando não se obtém o poder pelo voto, parece que se busca atingi-lo por outro caminho, que basicamente ignora inteiramente a legitimidade das urnas.

Em 2019 o séquito de bajuladores de Bolsonaro foi enorme. Muitos deles, agora, defendem o impeachment, não querem mais Bolsonaro como presidente. O que teria mudado tanto em tão pouco tempo?

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O mais curioso de tudo é a falta de paciência para aguardar as eleições. Aliás, aguardar a voz das urnas não apenas é o ato maior de respeito à vontade popular, mas permite que todos aprendam com seus erros. A elite política precisa sofrer nas mãos de péssimos governantes para que ela entenda que é responsabilidade dela a oferta de bons candidatos ao eleitorado. O eleitorado precisa sofrer nas mãos de maus políticos para que o exercício regular do voto se torne um aprendizado.

O Brasil é maior do que seus presidentes de plantão. O Brasil é uma federação, tem governos estaduais e municipais, tem centenas de instituições públicas e privadas zelando pelo bem-estar da população. Não será um presidente incompetente que destruirá um país tão grande, tão populoso e com tanta vitalidade. O que realmente pode prejudicar nosso querido país é o golpismo generalizado, a busca pelo poder por outro caminho que não seja o voto.

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