Tio da rainha,
duque de Windsor colaborou com     
os nazistas


HISTÓRIA

Quando abdicou do trono do Reino Unido em 1936, apenas 326 dias após ser coroado, Edward VIII ocupava o centro das conversas da alta sociedade britânica por dois motivos. 

Um era seu romance proibido com a socialite Wallis Simpson. Outro, a simpatia pelo chanceler alemão Adolf Hitler, que àquela altura já afiava as garras para dominar a Europa. 

Edward cedeu a coroa ao irmão, George VI, pai da rai­nha Elizabeth, casou-se com Wallis e, como duque e duquesa de Windsor, o casal se instalou em Paris. 

No exílio forçado, ele continuou em contato com figurões da Alemanha nazista — uma relação que, sabe-se agora, foi além da afinidade ideológica. 

Docu­men­tos comprovam que o duque de Windsor teve atuação concreta e decisiva na II Guerra, repassando aos nazistas informações cruciais sobre as falhas da defesa da França pouco antes de o país ser invadido por tropas alemãs, em 1940. 

E mais: encorajou uma trama alemã para levá-lo de volta ao trono que passava pelos bombardeios que, entre 1940 e 1941, mataram 43 mil pessoas na Inglaterra.

Posteriormente, em um livro de memórias, Edward tentaria se distanciar de Hitler, definindo-o como “uma figura ridícula, com suas posturas teatrais e suas pretensões bombásticas”. Não convenceu ninguém. 

Oito décadas depois, a verdade veio à tona: durante a guerra, o casal amigo de Hitler traiu, espionou e colaborou com o inimigo de seu próprio país.

veja.abril.com.br/cultura/

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