Em novembro de 2012, Rita Lee, então com 64 anos, abaixou as calças e mostrou as nádegas durante um show em Brasília.
A cena, é claro, fez barulho. Àquela altura, a rainha do rock já havia se consagrado há muito como uma das figuras mais polêmicas da música brasileira.
E estava cutucando um novo tabu: o do envelhecimento. Para muitos, uma mulher na casa dos sessenta não poderia exibir seu corpo como quisesse.
Sua carreira, afinal, foi marcada pela postura arrojada e de combate ao conservadorismo, com atrevimento ímpar.
Rita Lee foi a primeira mulher a tocar guitarra nos palcos brasileiros, um instrumento na época tido como exclusivamente masculino.
Em letras como Cor de Rosa Choque (1982), invoca a força feminina e enfrenta a ideia historicamente preconceituosa de “sexo frágil”, além de falar abertamente sobre menstruação.
Diversas composições de Rita causaram espanto nos anos 1970 e 1980 ao tratar sobre sexo com naturalidade — algumas delas foram, inclusive, vítimas de censura durante a ditadura.
Ao longo de sua vida, a cantora sempre tratou abertamente sobre o uso de drogas e falava a favor da descriminalização da maconha.
veja.abril.com.br/cultura/
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