Estímulos constantes das telas podem atrasar desenvolvimento
As crianças nascidas a partir de 2010, ano de lançamento do iPad, pertencem à chamada geração alfa ou glass (vidro, em inglês, em evidente referência às telas).
Segundo o psicólogo Mark McCrindle, supõe-se que os alfas trocarão de endereço e emprego mais vezes na vida, demorarão para sair da casa dos pais e começarão a trabalhar tarde.
A denominação “glass” é adequada, já que eles vivem grudados nas telas em casa e fora dela, com tablets e smartphones. Não há separação entre universo físico e virtual para eles.
Estudos revelam que crianças com 8 anos de idade estão sendo submetidas a mais de cinco horas por dia de tempo de tela, independentemente do poder aquisitivo de sua família.
Em alguns casos, o entretenimento e a educação são transferidos para as telas porque é mais cômodo para quem cuida dos pequenos.
Na infância, o cérebro precisa ser estimulado externamente para se desenvolver, com música, literatura, teatro, esportes, estudo e lição de casa.
Para o neurocientista francês Michel Desmurget, o excesso de uso das telas traz risco de fazer dos alfas cidadãos incapazes de compreender o mundo e agir como pessoas cultas no futuro.
Sim. A forma de evitar danos ao desenvolvimento infantil é ampliar o leque de experiências, que podem ser jogos, leitura ou um passeio à praça, simples assim.
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