Desde a estreia, 'Oppenheimer', de Christopher Nolan, tem gerado curiosidade quanto à história real narrada nas telas. A trama é toda baseada na biografia do físico, o livro 'Oppenheimer: O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano', de Kai Bird e Martin J. Sherwin. Confira, a seguir, o que é verdade e o que é ficção no longa.
Em uma cena, Oppenheimer injeta cianeto na maçã verde que repousa na mesa de Patrick Blackett, seu professor em Cambridge. Na vida real, a tentativa de envenenamento parece ter acontecido, mas o motivo é obscuro.
O físico sempre negou ter se filiado ao partido comunista, mas nunca escondeu sua simpatia pelas causas sindicais e o apoio ao antifascismo durante a Guerra Civil Espanhola.
No filme, pouco antes do teste da bomba Trinity acontecer, os cientistas são pegos de surpresa por uma falha: os explosivos que detonariam a bomba não funcionaram. Na realidade, a falha de fato aconteceu, mas a apreensão foi menor do que no filme.
O físico Teller informa a Oppenheimer que seus cálculos mostraram uma chance "próxima a zero" da explosão da bomba nuclear dar origem a uma reação em cadeia imparável que aniquilaria a atmosfera terrestre. Oppenheimer, então, leva os cálculos de Teller a Albert Einstein.
Na vida real, a preocupação realmente existia. Oppenheimer, no entanto, não consultou Einstein para checar as previsões de Teller, mas o fisico Karl T. Compton, do MIT.
A suspensão da credencial de segurança de Strauss é citada brevemente na biografia de Oppenheimer. Sabe-se que o cientista David Hill, vivido por Rami Malek no longa, testemunhou sobre a obsessão vingativa de Strauss com Oppenheimer.
Em uma cena controversa do filme, Oppenheimer e Jean Tatlock estão no meio de uma relação quando Jean pega o livro sagrado Bhagavad Gita da estante do físico. Ela, então, abre a obra em uma página aleatória e pede que ele traduza a inscrição diretamente do sânscrito.
Oppenheimer e Tatlock realmente tiveram um caso, e o físico aprendeu a ler sânscrito e proclamou a frase depois da explosão da bomba atômica, mas não há registro da relação carnal embalada pela frase.
veja.abril.com.br/cultura/
Confira essa e outras reportagens em