Movimento nasceu nos anos 60 e foi resgatado no cinema e por cantoras do universo pop
O movimento artístico conhecido como afrofuturismo foi criado por artistas negros nos anos 60, como uma estética de “resistência” para enaltecer as raízes africanas sob uma perspectiva high-tech.
Foto: Leni Sinclair/Getty Images
A mescla de elementos do passado da cultura africana com vislumbres tecnológicos era uma resposta irônica à baixa representação dos negros na ficção científica.
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O movimento abarcava do cinema e da literatura às artes visuais (o nome afrofuturismo, em si, só seria cunhado em 1993 pelo crítico cultural americano Mark Dery).
A corrente se manifestou como inspiração para artistas negros de várias épocas e voltou aos holofotes com o filme 'Pantera Negra' (2018) e sua representação de uma cidade africana futurista.
O empurrão decisivo veio com o disco 'Black Is King' (2020). Nele, Beyoncé abusa de cores metálicas, peles de animais e coreografias robóticas misturadas a danças tribais africanas.
A cantora lançou as bases de um afrofuturismo do século XXI, reinventado para ser um símbolo do empoderamento feminino no pop ostentado também por nomes como Janelle Monáe e Dawn Richard.
Na internet, jovens usam as "telas virtuais", como o Tumblr e o Instagram, para publicar suas obras carregadas de cores e surrealismo.
O afrofuturismo se revela uma válvula de escape para fugir da opressão social e do racismo, além de propiciar formas alegóricas de voltar ao passado para confrontar os grilhões da escravidão.
veja.abril.com.br/cultura/
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