Escavações em Pompeia revelam influência dessa população no cotidiano do mundo
Grandes escavações deste século no Parque Nacional de Pompeia, no sul da Itália, revelaram como os cidadãos comuns do Império Romano faziam compras, onde comiam quando estavam na rua e como eram seus banheiros.
No livro 'The Archaeology of Sanitation in Roman Italy: Toilets, Sewers, and Water Systems', a antropóloga Ann Olga Koloski-Ostrow explora o inovador sistema de banheiros dos romanos.
Eles deixaram grande legado nesse campo. “A forma como qualquer cultura trata seus dejetos humanos é relevante para o mundo de hoje”, disse ela a VEJA.
Embora os usos e costumes variassem geograficamente, os cidadãos romanos contavam com banheiros públicos e privados. As cidades ofereciam os foricae, como eram chamados os comunitários.
Consistiam em cômodos fechados e iluminados por pequenas janelas no alto da parede, com bancos de mármore ou pedra pontuados por fileiras de orifícios em forma de assentos. Não havia divisões entre eles.
Os foricae ficavam, em geral, perto dos famosos banhos públicos, cuja água usada era desviada para limpar e arrastar a sujeira. Uma outra vala, esta aberta, corria aos pés de quem estava fazendo suas necessidades.
Não havia ainda o papel higiênico, inventado no século VI pelos chineses. Era de uso corrente um apetrecho chamado tersorium, com uma vareta que tinha amarrada à ponta uma esponja ou tecido.
A classe mais abastada preferia a comodidade e a privacidade das latrinas de suas vilas, que eram ligadas a fossas sanitárias — um avanço da engenharia que mais tarde seria adotado por outros povos e culturas.
veja.abril.com.br/ciencia/
Confira essa e outras reportagens em