O fenômeno dos que optam por não seguir religião

'Desigrejados' são cada vez mais numerosos, sobretudo entre os jovens — o que não quer dizer que não tenham fé

COMPORTAMENTO

Cada vez mais pessoas se dispõem a declarar que, ao contrário de seus pais, avós e bisavós, não seguem religião alguma. 

É um fenômeno silencioso, ainda pouco evidente no cotidiano e mais comum entre os jovens — de repercussão nas próximas gerações, portanto —, mas não faltam pesquisas para comprová-lo. 

Na mais recente e ampla delas, divulgada pela Universidade Cristã do Arizona, os entrevistados, na faixa dos 20 aos 37 anos, deixaram clara sua indiferença em relação aos assuntos religiosos.

Duvidar e se afastar — em suma, tornar-se um “desigrejado” — são atitudes que proliferam também entre os brasileiros. 

Segundo o IBGE, o contingente que se define como sem religião pulou de 0,8% em 1970 para 8% — dez vezes mais — em 2010. E o grupo segue se expandindo: em pesquisa do Datafolha publicada em 2020, a parcela havia avançado para os 10%. 

Não ter religião definida, como mostrou a pesquisa americana, não significa abandonar a fé e a espiritualidade, fato confirmado pela quantidade bem menor de ateus (embora também eles estejam se multiplicando). 

A WIN/Gallup entrevistou 66 mil pessoas em 68 países sobre o assunto e, enquanto espantosos 25% se declararam sem religião, apenas 9% disseram não acreditar em Deus.

Entre os “desigrejados”, muita gente já transitou por diversas denominações, sem se apegar a nenhuma.

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