Paleontólogos propõem também reinterpretar parte da migração da espécie humana na Terra
Um crânio fossilizado encontrado em 1933 na China ajudou os paleontólogos a revelar ao mundo uma nova espécie, Homo longi. Apelidado de Homem-Dragão, ele teria vivido há 146 mil anos.
Foto: Chuang Zhao/AFP
O espécime era de estatura mediana, com a caixa craniana similar à do Homo sapiens. Suas feições — testa larga, sobrancelhas espessas, cabeça achatada —, porém, se assemelhariam às dos neandertais.
Se, no futuro, for possível obter o DNA do crânio do Homem-Dragão, poderá surgir um mapa mais completo da origem e da migração da humanidade.
Por enquanto, o que os cientistas propõem é que o Homo longi saiu da África, habitou a Ásia e acabou se encontrando com os humanos que para lá também migraram, convivendo e se miscigenando.
Antropólogos israelenses não envolvidos com o estudo refutam que seja uma nova espécie. Para eles, trata-se de um neandertal primitivo ou uma variante do Nesher Ramla Homo, nova espécie encontrada pelos israelenses.
Crédito: Universidade de Tel Aviv
Os restos do crânio do Nesher Ramla permitiram a geração de uma imagem em 3D que revela características nunca vistas em outro hominídeo.
Além disso, o terreno onde o Nesher Ramla foi achado está repleto de ferramentas de pedra e fragmentos de animais, o que comprova que ele viveu e caçou por ali.
Crédito: Universidade de Tel Aviv
Há indícios, segundo os israelenses, de que essa espécie antecedeu os neandertais, incluindo sua variante longi, e que estes migraram depois para a Europa, onde viveram até sua extinção.
Os neandertais, portanto, podem ter sido a cabeça de ponte do gênero Homo na Europa, vindos do Oriente Médio. Suas cavernas ficariam de herança para os humanos que viriam a ocupar a região.
veja.abril.com.br/ciencia/
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