Criação muito rígida pode causar danos aos filhos

O autoritarismo dos pais provoca graves efeitos emocionais nas crianças, segundo estudos

COMPORTAMENTO

Na psicologia, educação autoritária é aquela caracterizada por comportamentos excessivamente controladores, à base de grito e diálogos agressivos.

Uma pesquisa mostra que jovens criados dessa maneira têm redução em estruturas cerebrais que ajudam na regulação das emoções, o que os deixa mais propensos a desenvolver transtornos da mente. 

“A longo prazo, o stress pode levar ao aumento de problemas de relacionamento, baixa autoestima e, em situações extremas, até dependência química”, diz a neuropediatra Liubiana Arantes de Araújo.

Outros estudos indicam que adolescentes que cresceram sob regras inflexíveis costumam ser introspectivos e ter mais dificuldade de socialização.

Em muitos casos, eles adotam uma vida dupla: em casa, obedecem sem discutir, mas da porta para fora fazem tudo o que os pais jamais autorizariam.

Mas ser permissivo, dizendo sim a tudo, ou negligente, sem dar às crianças a atenção devida, também não contribui para que se ergam bons pilares emocionais.

Na criação da prole, a psicologia recomenda o que chama de modelo democrático, o único que estimula um desenvolvimento positivo. 

O princípio é o estabelecimento de regras e limites aliado à comunicação e ao afeto. Não se trata de fazer todas as vontades dos filhos, mas de explicar as negativas e praticar o diálogo. 

veja.abril.com.br/

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