A ciência mostra que fazer o bem, além de dar contentamento, tem outro efeito colateral importante à saúde física de quem o pratica.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) mostra que ajudar o próximo resulta em uma série de benefícios específicos para o corpo e a mente.
A equipe apresentou um teste a 1.209 adultos, em que respondiam sim ou não a questões como “Estou disposto a enfrentar dificuldades para fazer o que é certo” e “Estou disposto a abrir mão da minha felicidade momentânea para colher bons frutos no futuro”.
Os pesquisadores aplicaram sobre as respostas uma escala de zero (“Não tem nada a ver comigo”) a 10 (“Tem tudo a ver comigo”). Em seguida, analisaram durante um ano os pedidos de consultas, exames e tratamentos das mesmas pessoas a planos de saúde.
Aqueles que relataram traços consistentes com a prática de atos solidários, com respostas mais próximas do 10, apresentaram até 50% menos probabilidade de sofrer de depressão, um dado expressivo.
Ajudar os outros com vistas a longo prazo, sem uma retribuição imediata, resultou ainda em menor chance de desenvolver ansiedade. Por fim, quanto maior a pontuação dos entrevistados, menos propensos eles eram de sofrer doenças cardiovasculares.
“Foi reconfortante descobrir que, quando cooperamos para o bem do outro, também contribuímos para nosso próprio bem-estar”, afirma a pesquisadora polonesa Dorota Weziak-Bialowolska, uma das autoras do estudo.
Esses resultados corroboram conclusões obtidas em estudos anteriores envolvendo o impacto positivo da prática do bem.
Os brasileiros Ricardo de Oliveira Souza, neuropsiquiatra, e Jorge Moll Neto, neurocientista, submeteram candidatos a trabalhos voluntários a uma ressonância magnética no momento em que decidiam se iam ou não participar de uma ação.
Eles descobriram que o ato de fazer o bem ativou regiões cerebrais relacionadas ao prazer e aos sentimentos de apego e pertencimento.
veja.abril.com.br/ciencia/
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