A ciência reúne provas contundentes ligando o sal e o açúcar ao aumento na prevalência de doenças como diabetes, obesidade e câncer.
É assunto urgente. E, diferentemente do que se pregava antes, a redução no uso desses itens deve ser adotado por todos, e não apenas por quem já é hipertenso ou diabético.
A OMS soou o alerta sobre o sal e defende a ideia de que o consumo global médio, na casa de 11 gramas por dia, tenha de cair pela metade.
Desafio semelhante se aplica ao açúcar. Cada copo de 250 mililitros de refrigerante ou suco industrializado por dia está relacionado a uma elevação de 17% no risco de doença cardíaca e de 4% no de mortalidade precoce por qualquer causa.
A pesquisa acusa uma relação entre o abuso na ingestão de tudo que é doce e a maior propensão a males tão diversos como câncer de mama, osteoporose e depressão.
É essencial rever hábitos — o que, na prática, significa abrir menos pacotes de comida pronta e priorizar refeições caseiras. E isso antes que uma avalanche de problemas de saúde venha à tona.
“O conceito hoje é de prevenção primordial, com alimentação saudável, horas adequadas de sono e prática de atividade física sempre, não só quando a doença se instala”, afirma a cardiologista Maria Cristina Izar.
A diminuição no uso de sal e açúcar passa por um complexo trabalho que deve englobar o fomento ao acesso a um padrão alimentar e a ingredientes mais saudáveis — desde a infância.
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