Criatividade pode ser desenvolvida, mostram estudos 

CIÊNCIA

A inventividade humana sempre esteve associada aos grandes visionários de todas as áreas, até que a ciência entrou em cena e começou a dissipar o mito de que apenas algumas pessoas são premiadas com a criatividade.

O que já se sabe, a partir de sólidas descobertas, é que essa capacidade, tão valorizada no século XXI, pode ser estimulada e talhada por toda a vida. E, quanto mais cedo, melhor.

Estudos recentes, um deles da Universidade Harvard, examinaram minuciosamente o cérebro no momento em que ele é instado a se debruçar sobre um problema e a obter caminhos para sua resolução. 

Ficou claro que, diante do desafio, múltiplas regiões da mente são acionadas ao mesmo tempo, promovendo uma ebulição capaz de descortinar um leque de possibilidades para sua solução. 

É justamente dessa diversidade de trilhas que pode emergir o inesperado. A criatividade não se dá sobre uma folha de papel em branco: um repertório de experiências e conhecimento acumulado fazem toda a diferença.

O permanente incentivo à busca de respostas nunca antes dadas esculpe pontes entre os neurônios, e elas vão se fortalecendo à medida que eles são postos a trabalhar. 

Mas ainda que figure entre os itens mais ambicionados deste século, a criatividade é muitas vezes relegada a segundo plano justo quando ela deveria ser mais alimentada — na infância. 

“Se alguém dissesse que alunos de 15 anos estão se saindo pior em matemática do que os de 10, logo se imaginaria que há algo errado na educação, mas raramente vemos essa reação quando o assunto é a criatividade”, diz Andreas Schleicher, diretor de educação da OCDE.

veja.abril.com.br/ciencia/

Confira essa e outras reportagens em