A mudança otimiza as condições de aprendizado de adolescentes
Uma pesquisa da National Sleep Foundation (EUA) sobre o nível de atenção da criançada nas primeiras horas do dia mostra que um em cada cinco alunos acaba dormindo sobre a carteira escolar.
Os sinais de cansaço, mais agudos ainda entre os adolescentes, motivaram a Academia Americana de Pediatria a publicar uma recomendação para que as aulas comecem mais tarde.
Uma saída que parece simples — ir para a cama cedo — é pouco viável, sobretudo a partir dos 13, 14 anos, quando alterações fisiológicas fazem com que o jovem sinta sono mais tarde.
No início da adolescência, o corpo adia a liberação do hormônio melatonina e o processo de queda da temperatura corporal — ambos responsáveis pela sensação de sonolência.
É nessa idade que se consolida o desenvolvimento da área do cérebro que pilota a capacidade de julgamento, o controle dos impulsos e o raciocínio lógico.
“Meia hora a mais de sono tende a melhorar as condições para o aprendizado e funciona ainda na frente da prevenção de doenças”, afirma a neurologista Andrea Bacelar.
Também é quando as pestanas estão bem fechadas que hormônios sexuais e do crescimento são produzidos em eletrizante ritmo de fábrica.
Um aviso: de nada adianta a mudança de horários se o celular seguir em uso até a noite. A luz do aparelho, aliada ao frenético fluxo de informações, vira motor de ansiedade e insônia.
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