Beber vinho faz mesmo bem para o coração?

SAÚDE

Cardiologistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, realizaram um estudo para entender como o álcool influencia nossa saúde.

A equipe levou em consideração informações de 53 mil pessoas, das quais 713 passaram por exames de imagem que escanearam a intensidade de suas atividades cerebrais e de seus batimentos cardíacos.

Os participantes foram divididos em cinco faixas de consumo de álcool diário: nenhum, leve (de 1 a 6 drinks semanais), moderado (de 7 a 14), alto (de 15 a 28) e exagerado (mais de 28).

O resultado do estudo aponta que o consumo leve ou moderado de álcool pode diminuir o risco de doenças do coração.

Entretanto, é bom ressaltar que não se trata de algo diretamente ligado ao coração, mas sim ao cérebro.

De acordo com os autores da pesquisa, beber com moderação reduz o estresse cerebral, o que acaba gerando bons reflexos na saúde do sistema circulatório.

O segredo, neste caso, é justamente a quantidade – em excesso, os efeitos são contrários.

O consumo exagerado foi a faixa que demonstrou maior estresse. Os exames de imagem apontaram que o álcool atua diretamente na amígdala, a parte do cérebro associada à resposta ao estresse.

“Quando a amígdala está muito alerta e vigilante, o sistema nervoso simpático é intensificado, o que aumenta a pressão sanguínea e a frequência cardíaca e desencadeia a liberação de células inflamatórias”, explicou o cardiologista Ahmed Tawakol, principal autor do estudo.

Ainda assim, os médicos disseram que é preciso ter cuidado ao levar a pesquisa para a mesa do bar. “Não estamos defendendo o uso de álcool para reduzir o risco de ataques cardíacos ou derrames devido a outros efeitos preocupantes na saúde”, afirmou Tawakol.

veja.abril.com.br/saude/

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