Cresce a oferta de experiências exclusivas, cortes diferentes e cursos para apreciadores
Apreciada nos países vizinhos, a parrilla vem garantindo espaço entre os amantes de carnes bem aqui no Brasil, o país do tradicionalíssimo churrasco gaúcho.
As diferenças entre a parrilla e o churrasco não são tão sutis. Começam na ferramenta usada para grelhar as carnes e chegam ao cortes, passando pela forma como se salga as peças e sobre qual lenha é escolhida para fazer a brasa.
No caso da parrilla, a madeira, quase sempre de árvores frutíferas, queima numa caixa ao lado da grelha. Ao ficar incandescente, é puxada para baixo dela, que se move para regular a distância do calor — o segredo é evitar o fogo direto.
Os cortes fogem da nossa tradição, como o vacío, o ancho, o chorizo, o bife de tira. Os bifes são menores e mais finos, e o espeto está fora de cogitação.
Aproveita-se tudo do animal, inclusive os miúdos. Sal, só o médio. Como resultado de todo esse capricho, as carnes são mais macias e suculentas.
Ela chega ao seu ápice com ofertas de refeições exclusivas, cardápios preparados sob medida, cursos de curta duração para admiradores e até uma gama de ferramentas específicas para a prática.
O fenômeno ganhou impulso com a renovação do gado no Brasil e a introdução de cabeças com sangue europeu, cuja carne marmorizada tem a gordura mais bem distribuída entre as fibras.
A popularização das viagens para Argentina e Uruguai, países que ficaram mais acessíveis aos turistas, também trouxe novos ares para a gastronomia brasileira.
veja.abril.com.br/gastronomia/
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