A história do beijo como cumprimento

Difundido desde a Antiguidade, resistiu ao tempo e à doença

COMPORTAMENTO

A origem documentada do cumprimento usando o rosto — no caso, esfregando narizes — está na Índia: textos em sânscrito datados de 1500 a.C. sugerem essa forma primitiva de saudação.

A prática se internacionalizou por volta de 326 a.C., quando o exército de Alexandre, o Grande, ocupou partes da Índia e, seguindo adiante, apresentou o esfrega-­narizes a povos do Oriente Médio.

O cumprimento, já transmutado em beijo, viria a ganhar espaço e prestígio como ritual afetivo no Império Romano. Confira a linha do tempo:

Foto: Dea Picture Library/De Agostini/Getty Images

Império Romano:
Chamado de "basium", era usado para expressar cortesia e polidez. Chegou à França na guerra de Roma contra os gauleses e lá se popularizou.

27 a.C. - 475 d.C.

Peste Negra:
Os beijinhos sumiram temporariamente quando se percebeu que ajudavam a disseminar a peste bubônica, que matou um terço dos europeus.

1300

Foto: Dea Picture Library/De Agostini/Getty Images

Revolução Francesa:
Reabilitada, "la bise" ganhou contornos políticos ao se tornar uma saudação patriótica à igualdade e à fraternidade.

1789

Adesão do Brasil:
O cumprimento com beijo chegou aqui com a corte de dom João VI, mas virou preferência nacional na era da liberação dos costumes.

Anos 1960

Foto: Getty Images

Os beijos foram consagrados como saudação nas culturas latinas e entre homens no Oriente Médio, mas seguem vistos com estranheza por britânicos, americanos e asiáticos.

Século XXI

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