A origem do livro é recontada em detalhes no instigante 'O Infinito em um Junco', da filósofa e historiadora espanhola Irene Vallejo.
“Os livros sobreviveram por milhares de anos pois se adaptaram. Tivemos livros de papiro, pergaminho, papel, e agora também digitais”, diz a autora.
Inventada pelos sumérios há 6 mil anos, a escrita nasceu de símbolos desenhados em placas de argila. Batizadas de tabuletas, as peças foram o embrião do que seriam, no futuro, os livros.
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No Egito, o rei Ptolomeu, no século III a.C., enviou soldados à Grécia para confiscar obras e convocou estudiosos para traduzir livros para o grego. A Biblioteca de Alexandria se tornaria a primeira a ganhar status de pública.
Até hoje não se sabe quantos exemplares o local chegou a contabilizar: os números vão de 54.800 rolos, segundo Epifânio, até 700 mil, na contagem de Amiano Marcelino.
Já Roma tentava imitar a concorrência, criando uma literatura encomendada. Cabia aos escravos gregos, bem instruídos, produzir livros que eram colecionados pela elite nas vilas romanas.
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A invenção da impressão por Gutenberg, no século XV, ampliou a circulação de livros — mas também a caçada a eles, que foram vítimas das fogueiras da Inquisição.
Com o advento do mundo digital, publica-se um novo título a cada meio minuto. É um volume impressionante: um leitor comum não consegue ler em toda sua vida o que o mercado produz em um dia.
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