PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

A primeira onda de calor a ser nomeada no mundo

Formuladores de políticas públicas e ambientalistas pedem que governos adotem novas medidas para conscientizar a população sobre os riscos do calor extremo

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2022, 16h17 - Publicado em 27 jul 2022, 17h49

No sul da Espanha, a cidade de Sevilha enfrenta a quarta onda de calor que marcou o verão europeu. Porém, o fenômeno que atinge a região atualmente tem um significado diferente: a onda foi batizada de Zoe, tornando-se a primeira do mundo a ser nomeada. No mês passado, a gestão municipal lançou um programa-piloto para monitorar as ondas de calor e que colocará em prática um sistema para nomear e ranquear os fenômenos da mesma maneira como acontece com furacões.

Além de Zoe, outros quatro nomes foram definidos: Yago, Xenia, Wenceslao e Vega, seguindo a ordem alfabética invertida. Na última semana, a temperatura ultrapassou os 43ºC e apenas as ondas de calor mais severas receberão nomes dentro do sistema de classificação do novo programa.

Ao mesmo tempo em que a iniciativa responde a uma demanda de grupos que defendem que ondas de calor devem receber a mesma atenção de furacões e tornados, por exemplo, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou em nota que não tem planos para criar um sistema oficial para dar nomes a este tipo de evento climático.

De acordo com o órgão, “atualmente, não há nenhum sistema ou protocolo internacional acordado para nomear ou coordenar a nomeação de eventos de ondas de calor”. Ainda, a instituição fez um alerta: “o que foi estabelecido para eventos de ciclones tropicais pode não necessariamente se traduzir facilmente em ondas de calor. Deve-se ter cuidado ao comparar ou aplicar lições ou protocolos de um tipo de perigo para outro, devido às diferenças importantes na natureza física e nos impactos de tempestades e ondas de calor”.

Há uma discussão para implementar o mesmo tipo de sistema na Califórnia, nos Estados Unidos. O argumento de formuladores de políticas públicas e ambientalistas é que essa pode ser uma forma de atrair a atenção do público para os problemas que são causados por ondas de calor.

Continua após a publicidade

Segundo a Fundação Arsht-Rock, considerar os impactos perigosos do clima na saúde, categorizar a gravidade dos eventos climáticos e nomear os piores eventos aumenta a probabilidade de as pessoas tomarem as medidas necessárias para se preparar e se proteger.

A instituição fez parte do desenvolvimento do projeto-piloto de Sevilha. Para a vice-presidente sênior e diretora do Centro de Resiliência da Fundação Arsht-Rock, Kathy Baughman McLeod, a iniciativa é um esforço coletivo para salvar vidas. “Esperamos que este piloto sirva de modelo para outros líderes e governos enquanto enfrentam pressão para enfrentar essa ameaça mortal. As pessoas não precisam morrer por causa do calor”, disse.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.