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Para Haddad, Brasil pode assumir dianteira do mercado de carbono global

Segundo cálculo da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), novo segmento pode render 577 bilhões de reais até 2030

Por Ernesto Neves
Atualizado em 20 out 2023, 17h51 - Publicado em 20 out 2023, 15h01

À frente do pacote de Transição Ecológica do governo federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta (20), que o Brasil pode assumir a dianteira do mercado global de carbono.

Haddad disse ainda que o Brasil vai aderir a um conjunto de regulações de práticas sustentáveis de empresas no mercado de capitais.

“A finalidade é colocar o Brasil na dianteira do que tem de mais moderno no mundo para atrair investimentos”, disse.

Segundo o ministro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável por regular e fiscalizar o mercado de capitais nacional, terá nova resolução relacionada ao pacote verde de Lula.

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De acordo com a medida, companhias abertas, fundos de investimento e companhias securitizadoras poderão, de forma voluntária, produzir um relatório anual com informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, por meio de indicadores padronizados. A medida entra em vigor já em 2024.

“Isso vem ao encontro das iniciativas do governo em relação à regulamentação do crédito de carbono. É uma operação que envolve muitos instrumentos para que esse novo segmento fique de pé e produza os efeitos almejados pela sociedade”, afirmou o ministro.

Fundamental para a construção, cimento é responsável por 3% das emissões nacionais
Fundamental para a construção, cimento é responsável por 3% das emissões nacionais (Getty/Getty Images)

No último dia 4, a Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil.

O projeto cria o Sistema Brasileiro do Comércio de Emissões (SBCE) e regula as emissões de empresas que emitem acima de 10.000 toneladas de C02 anualmente.

O texto seguiu para a Câmara dos Deputados, onde será analisado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico.

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A expectativa, segundo a senadora Leila Barros (PDT-DF), é que o texto seja aprovado na Câmara e sancionado pelo presidente Lula antes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28), em dezembro, em Dubai.

Segundo cálculo da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), se a regulação do segmento for efetiva esse setor pode render ao Brasil 577 bilhões de reais até 2030.

Também prevê-se a criação de 8,5 milhões de empregos.

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Durante a tramitação no Senado, a proposta do governo sofreu alterações para contemplar demandas de parlamentares ligados ao agronegócio. A principal mudança foi a retirada das atividades agrícolas primárias da regulamentação.

Para Plínio Ribeiro, presidente da Decarbon, na Ambipar Environment, a decisão está correta e há ferramentas mais eficazes para lidar com os impactos do setor agrícola.

“É melhor que se incentive a agricultura de alta precisão,assim como a substituição de insumos. O fertilizante biológico, por exemplo, tem emissões muito inferiores às versões tradicionais”, diz. 

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“O mercado de CO2 é um instrumento de política econômica eficaz para reduzir emissões e setores estacionários, isto é, a indústria e o transporte. A produção de cimento nacional, por exemplo, responsável por 3% de nossas emissões é um desses segmentos”, compara. 

De acordo com o especialista, o mercado brasileiro terá tamanho inferior ao da Europa e dos Estados Unidos, mas será de extrema relevância para o planeta.

“O mercado não vai resolver todos os problemas da transição para a economia de baixo carbono. Não é uma bala de prata. Mas permite aumentar nossa ambição de ser um país alinhado às melhores práticas verdes, sendo mais competitivo internacionalmente e eficiente”, completa o especialista.

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