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Na COP26, China e EUA anunciam plano surpresa para conter emissões

Os dois países são os maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo

Por Ernesto Neves Atualizado em 10 nov 2021, 18h28 - Publicado em 10 nov 2021, 17h29

Os Estados Unidos e a China surpreenderam a Cúpula Climática da ONU, a COP26, em Glasgow, na Escócia, nesta quarta-feira (10) ao anunciar um plano em conjunto para conter as emissões de dióxido de carbono, o CO2, principal gás do efeito estufa.

Enviado especial para o Clima do governo de Joe Biden, o secretário John Kerry comemorou o certame. “As duas maiores economias do mundo concordaram em trabalhar juntas nesta década decisiva”, disse. 

“Não faltam diferenças entre China e Estados Unidos. Mas a cooperação é a única maneira de fazer esse trabalho. Isso é seguir a ciência, a física”, prosseguiu.

“Esta declaração é um passo que podemos construir para fechar a lacuna entre os cortes de emissões estabelecidos até agora e os necessários.

Em seguida, Kerry comparou a cooperação com a China aos acordos que os americanos fizeram com a União Soviética para reduzir os arsenais de armas nucleares, nos anos 1980.

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“Você tem que ir além das diferenças para encontrar um caminho”, disse. 

Desde o início da COP26, no último dia 31, os dois países, hoje os maiores emissores de CO2 do mundo, vinham trocando acusações sobre quem deve se responsabilizar mais na contenção das mudanças climáticas.

Mas na noite desta quarta, delegações dos dois países divulgaram uma nota conjunta em que se comprometem a estabelecer uma firme cooperação tecnológica e científica nos próximos 10 anos.

O objetivo será reduzir as emissões rapidamente, mantendo o aquecimento global a no máximo 1,5ºC, limite tido como seguro por climatologistas.

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Essa reviravolta pegou de surpresa até o Reino Unido, anfitrião do encontro. Mais cedo, o premiê britânico chamou de “frustrante” a falta de medidas concretas na cúpula

China e Estados Unidos se comprometeram a trabalhar juntos em áreas tidas como cruciais para conter o caos climático, como o corte das emissões de metano, assim como a redução do uso de combustíveis fósseis nos transportes, na produção de energia e na indústria.

“Os dois lados reconhecem que há uma lacuna entre o esforço atual e as metas do acordo de Paris. Juntos, fortaleceremos nossos esforços e a cooperação, para acelerar a transição verde e de baixo carbono”, disse Xie Zhenhua, chefe da delegação da China.

“As mudanças climáticas estão se tornando um desafio cada vez mais urgente. Esperamos que esta declaração conjunta ajude a alcançar o sucesso na Cop26″, afirmou. 

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