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Metas climáticas podem gerar 8 milhões de empregos no mundo, diz estudo

Alcançar objetivos do Acordo de Paris é caminho para sustentabilidade e criação de postos de trabalho

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 jul 2021, 09h40

Alcançar as metas do Acordo de Paris, tratado climático internacional, é o objetivo para fazer com que o aumento da temperatura média global fique bem abaixo de 2ºC até o final deste século. A medida é essencial para frear o aquecimento global e minimizar os impactos das mudanças climáticas, que já geram efeitos em diversas regiões do planeta. Além das questões ambientais, os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa têm o potencial de criar 8 milhões de empregos até 2050, principalmente nas indústrias de energia solar e eólica. As conclusões foram publicadas no estudo “Cumprir a meta bem abaixo de 2°C aumentaria os empregos no setor de energia em todo o mundo”, no periódico One Earth.

De acordo com o economista ambiental do Instituto Europeu de Economia e Meio Ambiente na Itália, Johannes Emmerling, um dos autores do estudo, “cerca de 18 milhões de pessoas trabalham nas indústrias de energia, um número que deve aumentar para cerca de 26 milhões, ou até acima de 50%, caso a gente atinja as metas climáticas globais”. Segundo Emmerling, a produção e a instalação de fontes de energia renovável poderiam, potencialmente, se tornar cerca de um terço desses empregos.

Cada nação terá que fazer adaptações para que o mundo consiga reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Países desenvolvidos terão que investir em novas infraestruturas para mudar a matriz energética – apenas nos Estados Unidos, o plano de Joe Biden para a geração de empregos verdes prevê a abertura de 10 milhões de postos de trabalho. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, é possível investir em modelos de infraestrutura sustentável em setores que ainda precisam avançar no país, como a cobertura de saneamento básico.

O estudo é o primeiro que teve como base bancos de dados de mais de 50 países, incluindo economias que são grandes produtoras de combustíveis fósseis. O time combinou os dados com um modelo de avaliação integrado para fazer projeções de empregos. O modelo auxiliou a compreender como o desenvolvimento da sociedade e as escolhas feitas geram impactos. Análises anteriores dependiam de dados sobre empregos de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e generalizavam os resultados para o restante do mundo.

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“A transição energética está sendo amplamente estudada com modelos extremamente detalhados, resoluções espaciais, escalas de tempo e detalhes tecnológicos”, disse Emmerling. Ao mesmo tempo, a dimensão humana, acesso à energia, pobreza e implicações de distribuição e emprego são informações com níveis extremamente altos. “Contribuímos com essa lacuna ao coletar e aplicar grandes bancos de dados em muitos países e com tecnologias que podem ser usadas em outras aplicações, afirmou.

De acordo com o modelo do pesquisador, do total de empregos em 2050, 84% seriam do setor de renováveis, 11% em combustíveis fósseis e 5% em energia nuclear. Enquanto os empregos de extração de combustíveis fósseis, que representam 80% das ocupações no setor, reduziriam rapidamente, as perdas podem ser compensadas com ganhos em empregos de produção para as energias eólica e solar.

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