Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Inovação australiana transforma gás carbônico em carbono sólido

Nova tecnologia pode ser incorporada a processos industriais existentes para evitar emissões na atmosfera

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jan 2022, 16h09

Um dos desafios para enfrentar a crise climática é descarbonizar processos industriais de setores que são grandes poluidores, como os de geração de cimento e de aço. Essas atividades demandam muita energia e emitem dióxido de carbono, o CO2, como parte do processo de produção principal.

Para auxiliar a reduzir as emissões nessas áreas, pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, desenvolveram uma tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS, em inglês) que pode ser integrada a processos industriais. Enquanto o CO2 é produzido, o dispositivo transforma o gás e mantém o carbono em estado sólido, o que evita novas emissões na atmosfera.

A equipe usou estratégias de química térmica que são utilizados pela indústria. Com o método “coluna de bolhas”, metal líquido é aquecido entre 100ºC e 120ºC. O dióxido de carbono é injetado no metal líquido e as bolhas de gás sobem como se fosse uma taça de champanhe. Conforme elas se movimentam pelo metal líquido, a molécula de gás se divide para formar flocos de carbono sólido — essa reação é quase instantânea.

De acordo com um dos pesquisadores envolvido no estudo, Torben Daeneke, “nosso novo método aproveita o poder dos metais líquidos, mas o design foi modificado para uma integração mais suave em processos industriais comuns. Além de ser mais simples para ganhar escala, a nova tecnologia é radicalmente mais eficiente e pode decompor o CO2 em carbono em um instante”.

Continua após a publicidade

Os resultados positivos do experimento levaram a um pedido de patente provisório para a tecnologia e os pesquisadores assinaram um contrato de 2,6 milhões de dólares australianos com a empresa de tecnologia ambiental australiana ABR, que comercializa tecnologias para descarbonizar as indústrias de cimento e aço.

Iniciativas de CCS são conhecidas por investirem em comprimir o gás em um líquido e injetar a substância no subsolo, mas esse tipo de procedimento depende de investimentos em engenharia e pode gerar problemas ambientais. Algumas abordagens de CCS também são criticadas pelo uso intensivo de energia e por ser muito caro.

“Transformar o CO2 em sólido evita possíveis problemas de vazamento e o bloqueia de forma segura e por tempo indefinido. Como nosso processo não usa temperaturas muito altas, seria viável alimentar a reação com energia renovável”, disse Daeneke.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.