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Ignorar a crise climática pode custar 25% do PIB mundial nos próximos anos

Para a BlackRock, maior gestora de patrimônio do mundo, os efeitos do clima podem ter sérios impactos nos investimentos de longo prazo

Por Nathan Fernandes
27 out 2021, 11h12

Nas próximas décadas, a economia mundial poderá sofrer uma queda de 25% do PIB global, caso os países ignorem a crise climática. É o que acredita Philipp Hildebrand, vice-presidente da BlackRock Inc, a maior gestora de patrimônio do mundo, sediada em Nova York. O alerta foi dado em um painel organizado pela rede de investidores internacionais Principles for Responsible Investment, com apoio da ONU. 

Para Hildebrand, a transição para uma economia livre de carbono será a “realocação de capital mais significativa da história”. Lembrando dos riscos que o clima pode ter nos investimentos a longo prazo, ele afirmou: “Se você ignorar, estará fazendo isso por sua conta e risco. É nosso dever levar esses riscos em consideração.”

De acordo com o banqueiro, os investimentos sustentáveis, no entanto, não se referem apenas àqueles ligados às mudanças do clima. Citando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU — dezessete proposições que guiam ações para atingir a Agenda 2030 da agência — ele lembrou que os investidores devem se concentrar em reverter as desigualdades sociais.

Em janeiro, o fundo já havia sinalizado às maiores empresas do mundo que poderia se desfazer de ativos de companhias que não tivessem planos claros para zerar suas emissões de poluentes até 2050. Em carta, anunciou ainda que as empresas deveriam divulgar publicamente suas emissões diretas de CO2, além de definir metas de curto, médio e longo prazo para reduzir as emissões conforme as regras do Acordo de Paris. 

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No início de outubro, Hildebrand afirmou que os mercados de capitais testemunhariam uma migração considerável de dinheiro para produtos que estejam relacionados às metas ambientais, sociais e de governança, o ESG. Mas a transição já parece andar a passos largos: cerca de um terço dos US$ 98 bilhões de entradas líquidas que a BlackRock obteve no último trimestre foi para fundos sustentáveis. 

Acionista importante da maior parte das grandes companhias do planeta, o fundo supervisiona aproximadamente US$ 9,5 trilhões em ativos, por isso suas ações costumam reverberar por todo o mercado.

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