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G-20 planeja triplicar energias renováveis sem impor freio a fósseis

Evento será realizado nos dias 9 e 10 de setembro em Nova Délhi, na Índia

Por Ernesto Neves
Atualizado em 6 set 2023, 17h45 - Publicado em 6 set 2023, 13h19

O G-20, grupo que reúne 19 países e a União Europeia, deverá divulgar um acordo para triplicar a capacidade de produção de energia renovável até 2030.

O anúncio deverá ser feito durante o próximo encontro do grupo, programado para acontecer nos dias 9 e 10 de setembro, em Nova Délhi, na Índia.

Os membros do G-20 vão assumir o compromisso de “prosseguir e encorajar” esforços para cumprir a meta de aumentar a geração de energia limpa.

O aumento da capacidade de geração de energia renovável é considerado crucial para ajudar a cumprir a meta climática de manter o aquecimento da Terra em no máximo 1,5ºC até 2050, como defende o Acordo de Paris.

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A produção de energia, calcula-se, é atualmente responsável por cerca de um terço das emissões globais de gases do efeito estufa.

Apesar da adoção recorde de energia solar e eólica por grandes economias, como China, Estados Unidos e Europa, o mundo segue profundamente dependente do carvão e do gás para obter eletricidade.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, o consumo de carvão atingiu recorde histórico em 2022 e deve permanecer no mesmo nível este ano.

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O G20 também deve anunciar incentivos à implantação de tecnologias de redução de emissões de poluentes, incluindo a captura de carbono.

Diplomatas envolvidos nas negociações acreditam que o anúncio deve acelerar a transição energética, que vem enfrentando entraves em sua implementação.

Isso porque é grande a preocupação internacional com a segurança do abastecimento, assim como os elevados custos para substituir os combustíveis fósseis.

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O anúncio deve ser protagonizado pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e representantes dos Emirados Árabes, nação que será responsável por sediar a próxima reunião climática da ONU, a COP28, em novembro.

A declaração, porém, deve enfrentar críticas de climatologistas e ambientalistas.

Isso porque as discussões entre os ministros da energia do G-20, em julho, terminaram em impasse após Arábia Saudita e Rússia, dois dos maiores produtores de petróleo do mundo, terem bloqueado a introdução de metas de redução no uso de combustíveis fósseis.

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Durante a rodada de negociações, as nações exportadoras de petróleo defenderam que a ênfase da transição energética deve ser direcionada à utilização de técnicas de captura de carbono.

Esse tipo tecnologia é conhecida por retirar o dióxido de carbono liberado na atmosfera e armazená-lo em local seguro, como o fundo do oceano.

O problema é que, até aqui, as usinas de captura enfrentam obstáculos técnicos para ganhar escala relevante.

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De operação complexa, a tecnologia tem alto custo e consome muita eletricidade.

Calcula-se que somente 0,1% das emissões globais de carbono seja capturada atualmente.

Cientistas mundo afora afirmam que a captura de carbono é uma desculpa para que gigantes produtores de petróleo continuem a poluir impunemente.

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