Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Cidade-esponja: São Paulo planta ‘jardins de chuva’ para conter enchentes

Para fazer frente à crise climática, prefeitura planeja que projeto tenha 400 áreas verdes até o fim do ano

Por Ernesto Neves Atualizado em 24 jun 2024, 12h33 - Publicado em 24 jun 2024, 10h13

Parte da paisagem de São Paulo desde sua fundação, em 1554, as enchentes que prejudicam a cidade a cada verão têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas, um resultado direto do efeito estufa que acomete o planeta.

Para fazer frente a essa crise climática, a prefeitura da cidade implementou um projeto pioneiro, que utiliza uma saída urbanística conhecida como “solução baseada na natureza”. Trata-se do conceito batizado de “cidade-esponja”.

As esponjas são, na verdade, áreas verdes capazes de absorver e filtrar o escoamento de águas pluviais, aliviando a pressão nos sistemas de drenagem.

De uma forma geral, o plano consiste em criar jardins e parques, que passam a substituir o concreto em áreas mais vulneráveis, aumentando a absorção da água. Essas trechos verdes recebem o nome de “jardins de chuva”.

A prefeitura paulistana deu início à iniciativa em 2017, quando foram registrados 23 espaços verdes naquele ano, multiplicando a iniciativa desde então.

De acordo com a administração municipal, até o fim do ano a capital paulista deverá contar com 400 jardins de chuva.

Continua após a publicidade

Os jardins são compostos por três camadas distintas: um poço de infiltração com cerca de 1 metro de profundidade, uma estrutura formada por rachões, brita, terra e composto orgânico, e por fim a plantas e flores.

Esses oásis verdes, inseridos no contexto urbano de São Paulo, não só restauram a vegetação nativa, mas também contribuem para o retorno da fauna local.

Além disso, promovem a conservação, preservação e enriquecimento da biodiversidade.

Os custos de instalação variam dependendo do local e do tamanho, mas um jardim de até 100 metros quadrados custa cerca de 87.000 reais

Jardim de chuva na região do Pacaembu
Jardim de chuva na região do Pacaembu (Carol Prado - sub-Sé/Divulgação)

Os jardins de chuva vêm sendo instalados ao longo de vias movimentadas, incluindo a Avenida 23 de Maio, onde o canteiro central hoje exibe um extenso gramado.

Parques localizados em encostas também estão sendo renovado. A ideia é introduzir plantas com maior capacidade de retenção de água e terra, reduzindo a erosão.

A prefeitura também criou jardins em espaços exíguos ou propensos a inundações.

Outra ideia já posta em prática são as chamadas vagas verdes, isto é, ruas em que áreas equivalentes a uma vaga de carro recebem arbustos e árvores, criando ali um ponto de drenagem de águas pluviais.

 

Continua após a publicidade
Jardins de chuva: melhoram o escoamento das águas e diminuem o calor em São Paulo
Jardins de chuva: melhoram o escoamento das águas e diminuem o calor em São Paulo (Divulgação/Divulgação)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.