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‘Seria estranho encontrar Mark Zuckerberg’, diz ator

O protagonista de 'A Rede Social' conta como se preparou para viver o papel do criador do Facebook no cinema

Por Renata Honorato
26 nov 2010, 15h37

“Acho que eu me sentiria um pouco desconfortável ao encontrar Zuckerberg: afinal, fiz um filme sobre a vida dele” – Jesse Eisenberg

Para viver nas telas o papel do criador do Facebook, Mark Zuckerberg, o ator Jesse Eisenberg, de 27 anos, fez uma longa busca na internet: assistiu a todos os vídeos em que Zuckerberg aparecia ou dava declarações. Mas o objetivo de Eisenberg não era apenas imitar os trejeitos do criador da maior rede social do planeta. “Tentei também identificar cada característica pessoal e entender por que ele perdia horas de sono programando o site”, conta o ator. Valeu a pena. A interpretação tem sido elogiada desde a estreia do filme A Rede Social nos Estados Unidos, em outubro, e pode render um Oscar a Eisenberg. Antes ou depois do sucesso, nunca houve um encontro entre os dois – Mark e Jesse. Mas na entrevista a seguir, que Eisenberg concedeu por telefone ao site de VEJA, ele revela o que diria a Zuckerberg caso a reunião acontecesse. “Seria estranho encontrá-lo”, adianta o ator.

Como surgiu o convite para ser o protagonista de A Rede Social?

A audição para o filme começou com testes de vídeo, onde eu lia textos de algumas cenas. Alguns dias depois, fui chamado para ir à Califórnia. Então, encontrei o diretor David Fincher, que me deu o papel. Fiquei muito contente. Afinal, o filme é muito bom.

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Como você se preparou para interpretar Zuckerberg?

O personagem é uma pessoa real. Então, assisti a todos os vídeos e entrevistas de Zuckerberg que encontrei na internet. Estudei seu jeito de falar e tentei levar o máximo disso para meu personagem. Tentei também identificar cada característica pessoal e entender por que ele perdia horas de sono programando o site.

Você chegou a conhecê-lo?

Não, nunca o encontrei pessoalmente.

Justin Sullivan/Getty Images
Justin Sullivan/Getty Images (VEJA)

E se tivesse a oportunidade de encontrá-lo: o que diria a ele?

Eu diria: “prazer em conhecê-lo”. Diria também que tentei fazer um bom filme, e que ele fez algo notável e inovador. Acho que teríamos muito o que falar um ao outro. Mas acho também que eu me sentiria um pouco desconfortável ao encontrar Zuckerberg: afinal, fiz um filme sobre a vida dele. Seria estranho encontrá-lo.

Quem é Mark Zuckerberg para você?

Uma pessoa criativa. Alguém que cria quando se sente bem, quando está cansado e quando está triste. Um incrível inventor que conquistou mais de 500 milhões de pessoas.

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Você gosta de tecnologia?

Eu não sinto que posso controlar a tecnologia, mas sei que ela assume um controle sobre mim. A tecnologia é ótima e pode ser usada para tornar as coisas mais convenientes. O Facebook, por exemplo, pode ser uma ferramenta maravilhosa ou apenas um lugar para gastar tempo na web. Há alguns dias, minha mãe entrou no Facebook e foi uma experiência incrível para ela.

O filme mostra três pontos de vista: o de Zuckerberg, o do brasileiro Eduardo Saverin e o dos gêmeos Winklevoss (ex-estudantes de Harvard que alegavam que Zuckerberg roubara deles a ideia do Facebook. Na Justiça, os gêmeos ganharam a causa e 65 milhões de dólares). Em sua opinião, qual dos três lados têm razão?

Eu fiquei seis meses trabalhando no ponto de vista do meu personagem. Eu acho que todos os envolvidos na trama possuem bons argumentos, mas nenhum deles foi tão criativo quanto Zuckerberg, principal responsável pelo desenvolvimento do site. Os demais personagens estavam mais interessados em frutos financeiros do que no próprio projeto.

O que você aprendeu com o filme?

Aprendi que a verdade é muito complicada. Quatro pessoas brigam alegando serem as donas da ideia. Não há um personagem certo ou errado. Todos têm alguma razão, mesmo que não concordem entre si.

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Seu nome tem sido cotado para o Oscar, devido a sua atuação em A Rede Social. Como você se sente a respeito?

Fiquei ao mesmo tempo surpreso e chocado com tamanha repercussão.

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