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Saiba como jogar Tetris pode reduzir as memórias ruins

De acordo com cientistas das Universidades de Oxford e Cambridge, ambas na Inglaterra, o game pode amenizar flashbacks de eventos violentos, como sequestros, assaltos ou acidentes automobilísticos

Por Da Redação
9 jul 2015, 17h57

A memória de eventos violentos podem aterrorizar as vítimas por anos. Mas, de acordo com um time de pesquisadores ingleses, jogar Tetris, aquele jogo de encaixar blogos digitais, é uma boa tática para amenizar as lembranças dos casos traumáticos, como sequestros e assaltos, e assim reduzir o stress decorrente dessas situações. O estudo, publicado no periódico Psychological Science, revela como jogar o game logo após sofrer a violência reduz o que os cientistas nomeiam de flashbacks. O jogo, que exige rapidez do cérebro em reconhecer imagens, compete na consolidação da parte visual das recordações na mente, deixando-as mais amenas.

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Os cientistas das Universidades Oxford e Cambridge, ambas na Inglaterra, escolheram o Tetris porque em 2009 uma pesquisa comprovou que combinar os blocos do jogo até um dia depois de estar envolvido em algum evento traumático diminui o número de flashbacks. O estudo foi realizado com 52 universitários, de 18 a 51 anos, que assistiram a um vídeo com imagens de violência e catástrofes. Nas 24 horas seguintes, eles deveriam anotar em um diário qualquer memória do vídeo que lhes ocorresse.

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No outro dia, voltaram a assistir às imagens e foram divididos em dois grupos. O primeiro passou 12 minutos jogando Tetris e o outro ficou em uma sala pelo mesmo tempo, sem fazer nada. Os grupos continuaram a anotar as lembranças dos vídeos por uma semana e, no último dia, voltaram ao laboratório. Os estudantes que jogaram o game após o vídeo tiveram 51% menos lembranças traumáticas do que o outro grupo. Eles também tiveram uma pontuação menor (portanto, mais positiva para o estado psicológico deles) em um questionário usado para diagnosticar stress pós-traumático.

Bloqueio cognitivo – Segundo Emily Homes, uma das autoras da pesquisa, isso acontece porque o jogo é capaz de criar um “bloqueio cognitivo”, por exigir altos níveis de processamento visual. Ele estabelece uma competição na parte visual do cérebro e assim diminui a força das imagens das memórias enquanto elas ainda são maleáveis. As lembranças traumáticas ainda estão lá, mas as imagens são menos vívidas e com menos detalhes.

De acordo com o artigo, antes de ser considerado uma forma de tratamento, o jogo deve ser avaliado mais vezes – para saber a “dose” necessária e se os efeitos são a longo prazo. A equipe já vem testando a técnica em hospitais na área de emergências, com pessoas envolvidas em acidentes automobilísticos.

(Da redação)

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