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Que nota os brasileiros dão para o transporte coletivo? Um app israelense responde

Moovit, utilizado por mais de 8 milhões de pessoas no país, fez o levantamento a pedido de VEJA.com

Por Da Redação 23 jan 2016, 08h38

tarja O QUE OS DADOS CONTAM
tarja O QUE OS DADOS CONTAM (VEJA)

Em uma escala de 0 a 5, os brasileiros dão nota 1,3 para a limpeza de ônibus, trens e metrôs. Quando aprendem um idioma estrangeiro, paulistanos e cariocas fazem 25% mais exercícios diários do que os nova-iorquinos (nossos compatriotas não podem se gabar do feito: os portenhos têm desempenho superior…). Para resgatar uma passagem aérea no programa de fidelidade da Gol, é preciso dispender o dobro de milhas do equivalente da Avianca. Informações como essas eram insondáveis até bem pouco tempo atrás, pela simples razão de que não havia como coletá-las e processá-las. Agora, elas são garimpadas incessantemente por empresas – muitas delas em estágio inicial, as startups – que fazem uso intensivo de novas tecnologias. Os dados podem vir de muitos lugares: computadores, celulares, wearables, sensores e outros dispositivos conectados à internet.

As revelações sobre o comportamento de mercados e usuários serão apresentadas na série “O que os dados contam”, com informações sobre áreas tão distintas quanto transporte, educação, finanças, beleza e saúde. Os primeiros dados exclusivos vêm do aplicativo israelense Moovit, que provê, em tempo real, informações sobre transporte público coletivo a 35 milhões de pessoas de 800 cidades em 55 países. No Brasil, o serviço está disponível em pouco mais de 60 cidades. Nelas, enfim é possível sair de casa na hora certa para pegar o ônibus.

Utilizado por 8,5 milhões de pessoas no Brasil (o Uber tem 1 milhão), o Moovit transforma cada usuário em um avaliador potencial dos serviços de transporte. Basta informar em qual veículo você está e atribuir estrelas à viagem: de 0 a 5. Onze categorias são avaliadas, como pontualidade, desempenho dos condutores/motoristas, limpeza e temperatura ambiente no interior dos veículos. A pedido de VEJA.com, o aplicativo consolidou os dados relativos aos meses de novembro e dezembro de 2015 para as cidades de São Paulo e Rio e também para o Brasil. O resultado, uma amostragem do que a população acha do sistema, está resumido no quadro abaixo. Participaram da avaliação 22.500 usuários.

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Infográfico transporte público Moovit
Infográfico transporte público Moovit (VEJA)

​O app vem crescendo rapidamente no Brasil, que já é o maior mercado em número de usuários. No ano passado, o aumento foi de 183%. O plano é seguir crescendo, incluindo mais cidades, especialmente nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio, segundo o espanhol Alex Mackenzie Torres, diretor de marketing (CMO) da companhia.

Torres vê basicamente dois desafios ao avanço. “O tamanho do território e o acesso à internet. Infelizmente, a conexão 3G ainda é um pouco cara no Brasil. Além disso, o serviço ainda precisa ser melhorado em alguns locais”, diz o executivo. Acesso é, sem dúvida, um problema para um app perfeito para ser utilizado quando o usuário está na rua – longe do wi-fi, portanto.

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Itinerários e horários dos ônibus, trens e metrôs são coletados com as entidades que administram os sistemas em cada cidade. A essas informações são acrescentados, quando possível, dados enviados por GPS pelos próprios veículos, aumentando a precisão do app.

Fundado em 2012, o Moovit pode ser considerado uma autência startup: ainda estuda modelos de negócio que o façam andar. “Não estamos na fase de fazer dinheiro”, diz Torres. “Ainda estamos expandindo nossas operações para novos mercados, como a Ásia, testando modelos de negócio. Fazer dinheiro não é uma preocupação de nossos investidores no momento.” Os investidores, aliás, já colocaram 81 milhões de dólares na companhia. Entre eles, estão a Nokia e os fundos de risco Sequoia e Gemini Israel. Há também uma doação no caixa, vinda da Sound Ventures, empresa de investimentos fundada pelo Ashton Kutcher e pelo empresário Guy Oseary.

Na próxima edição, a série “O que os dados contam” vai trazer informações exclusivas do app americano de aprendizado de idiomas Duolingo, comparando o comportamento de brasileiros com o de demais usuários.

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