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‘Pro Evolution Soccer’ vai ganhar mais arenas em 2014

Produtor mexicano da Konami revela bastidores do desenvolvimento do game. Entrevista é primeira da série com representantes da indústria de jogos

Por Renata Honorato
21 out 2012, 10h53

Uma recente pesquisa revelou que um em cada quatro brasileiros é apaixonado por games. De olho nesse mercado, que movimentou 850 milhões de reais no ano passado, representantes das maiores empresas do setor – como Gilliard Lopes, da Electronic Arts, Philippe Ducharme, da Ubisoft, e Kiki Wolfkill, da Microsoft – desembarcaram na semana passada no país para participar do Brasil Game Show, maior evento do setor na América Latina. Na oportunidade, todos falaram a VEJA.com. Eles revelaram os bastidores do desenvolvimento de novos jogos, caso de Fifa 13, Assassin’s Creed III e Halo 4, e falaram sobre tendências do mercado e a ascensão do Brasil no universo dos games. Na primeira entrevista da série, o mexicano Aníbal Vera, executivo da desenvolvedora japonesa Konami, fala sobre o Pro Evolution Soccer 2013, que chegou ao Brasil há menos de um mês e é o principal concorrente do Fifa, franquia de jogos de futebol da Electronic Arts. Mais de 70 milhões de unidades do PES já foram vendidas desde que a série abandonou o antigo nome, Winning Eleven, em 2001. Para Vera, que també é produtor do PES, a popularidade da marca está relacionada à tradição. “A Konami trabalha com games de futebol há mais de 20 anos. É uma das marcas mais antigas da indústria”, diz. A nova edição do título traz todos os times da série A do Campeonato Brasileiro e incluiu dois estádios nacionais: a Vila Belmiro, do Santos, e o Morumbi, do São Paulo. Em 2014, adianta Vera, novas arenas serão palco de clássicos digitais. “Vários clubes me procuraram pedindo que a Konami incluísse seus estádios. Isso vai acontecer na próxima edição do game.” Leia a seguir os principais trechos da conversa com Vera e confira também o cronograma de publicação das demais entrevistas dos representantes da indústria dos games.

Próximas entrevistas da série sobre games:

– segunda-feia: o brasileiro Gilliard Lopes, da Electronic Arts, fala do Fifa

– terça-feira: o canadense Philippe Ducharme, da Ubisoft, comenta o Assassin’s Creed III

– quarta-feira: a americana Kiki Wolfkill, da Microsoft, fala de Halo 4

– quinta-feira: o americano Bill van Zyll, da Nintendo, fala do Wii U

O Pro Evolution Soccer 2013 chegou ao mercado com 20 times da série A do Campeonato Brasileiro. Como foi esse processo de licenciamento? Os fãs de PES acompanham a série desde a época do Winning Eleven. A marca tem, exatamente, 23 anos. Sempre escutamos esses fãs e o sonho deles era jogar com times de seus países. Essa era uma solicitação antiga. Lembro-me até de encontrar em camelôs versões piratas e modificadas do jogo com clubes brasileiros. Como vocês dizem por aqui, “a voz do povo é a voz de Deus”: por isso, fizemos questão de trazer todas as equipes para o PES 2013. O planejamento começou logo após o lançamento do PES 2012, em setembro de 2011. Os departamentos de marketing de alguns times conheciam a série e sabiam perfeitamente do que se tratava. No entanto, algumas equipes não sabiam nem o que são os consoles PS3 (PlayStation 3) e Xbox (Xbox 360). Não conheciam o PES nem a Konami. Em alguns casos, foi necessário enviar para os clubes a carta constitutiva da empresa, traduzida e juramentada. Nessas situações, a negociação levou meses. A repercussão do jogo foi positiva e, depois do lançamento, vários clubes me procuraram pedindo para que a Konami incluísse seus estádios no título. Isso vai acontecer na próxima edição do game. Continue a ler a reportagem

Assista a seguir a um vídeo de divulgação do PES 2013:

https://youtube.com/watch?v=XFZ8xDSLCxc%3Frel%3D0

No jogo, o barulho das torcidas na Vila Belmiro e no Morumbi é real? Procuramos reproduzir 100% o que acontece nos estádios. Enviamos uma equipe aos locais para captar o som real das torcidas.

Quanto tempo foi investido no desenvolvimento do PES 2013? A Konami adquiriu uma expertise ao longo desses 23 anos. Desde o lançamento do primeiro jogo, passamos por uma constante evolução no que diz respeito à história, pesquisa e desenvolvimento. O jogo é atualizado durante 12 meses, o que é pouco. Então, embora tenhamos um período curto para lançar um título, temos muito conhecimento do negócio. No Japão, Hideo Kojima (um dos maiores criadores de games) desenvolveu uma plataforma chamada Fox Engine, que aproximará a qualidade dos filmes sobre jogos (cinematic) daquela que vemos depois no game final. Aos poucos, vamos levar essa tecnologia para o PES. Estou torcendo para que isso aconteça logo.

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A trilha sonora do PES tem Michel Teló, um sucesso global. Como foi o processo de produção dessa trilha? Na verdade, eu tinha sugerido outra trilha sonora, além de outras imagens para reproduzir a comemoração do Neymar por um gol. O jogador é nossa capa pela segunda vez e achei que seria interessante destacar uma de suas comemorações típicas. Sentei com os desenvolvedores e mostrei algumas sugestões. Eles acabaram escolhendo a dancinha do “Ai se eu te pego”, porque esse é um sucesso global.

Como o senhor vê a evolução do mercado de jogos no Brasil? O mercado está crescendo muito, está mais consistente. A indústria local deu um grande salto com a produção nacional de Xbox 360, o console da Microsoft, e esperamos que ele cresça ainda mais assim que Sony e Nintendo conseguirem fazer a mesma coisa. Quando as três empresas tiverem produção local, a indústria de videogames assistirá a uma grande explosão no país.

O PES é um jogo de futebol que atrai a atenção de um público que não necessariamente entende do esporte. Por que a Konami faz questão de oferecer um jogo com características de um videogame, focado na diversão, e não na simulação da realidade, como acontece com o concorrente Fifa? A Konami tem uma identidade e defende essa forma de enxergar o jogo. Isso não quer dizer que a empresa não tente reproduzir a realidade. Aliás, eu acho que, a cada versão, o PES ganha mais realismo. Nesta edição, foram incluídos novos detalhes, como os movimentos dos jogadores e a forma como eles caem. Eu acho que as experiências são diferentes. Nesta versão do PES, é muito difícil escolher um jogador, driblar todo o time e fazer um gol.

Na sua visão, quais as principais inovações na nova edição do jogo? A inteligência artificial está mais consistente, tanto no ataque, quanto na defesa. Um exemplo: se você joga com o Barcelona e eu também, o jogo aprende a maneira como cada um de nós controla o time. É como se o computador “lembrasse” do comportamento do jogador em campo. Os controles estão melhores e os passes podem ser personalizados.

Leia também:

Top Games: Conheça o melhor game de futebol do ano

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