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Harvey, do eBay: a expansão da web no Brasil é uma oportunidade

O mercado nacional seria favorável ao crescimento de marcas de e-commerce justamente por ainda faltarem muitos brasileiros para se conectar

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 out 2017, 13h42

Conhecida por ser uma plataforma de leilões, o eBay, lançado nos idos de 1995, sobreviveu à bolha da internet no inicio dos anos 2000 e se consolidou como um dos maiores e-commerce do planeta. Nos últimos anos, AliExpress e Alibaba expandiram e ocuparam boa parte do espaço que a empresa americana tentou ganhar nos países emergentes. Hoje, a veterana busca recuperar o brilho de anos atrás, mas enfrenta um ambiente muito mais competitivo e com novos players. A julgar pelos resultados de faturamento, a situação está um pouco paralisada. As receitas alcançaram US$ 2,3 bilhões no segundo trimestre desse ano, pouco acima dos US$ 2,2 bilhões do mesmo período de 2016. No Brasil, a concorrente Amazon chegou ao país para atender os consumidores mais de  perto e o nome eBay pode ficar esquecido na hora dos brasileiros irem às compras virtuais.

Para Jason Harvey, líder de marketing do eBay na América Latina, a companhia ainda tem muitas possibilidades no país. Apesar de manter aqui somente uma operação focada na importação de produtos, a recuperação econômica pode ser uma alavanca para que as compras feitas em dólares voltem a crescer. O desafio ainda é ganhar o público por meio da experiência de compra e venda. Além de convencer os consumidores de que os preços baixos compensam as taxas de importação. Mas, para Harvey, o trunfo mesmo é o crescimento da internet em nações em desenvolvimento, como o Brasil. Confira a entrevista:

A companhia está mantendo a receita, vide os últimos relatórios trimestrais. Mas, no Brasil, com a entrada de novos players, o eBay parece não ser uma marca tão lembrada. Tem espaço para crescer, ainda, diante da concorrência? Sim, pois há muito a evoluir na infraestrutura brasileira. Assim, eu não vejo limites próximos para o crescimento. No Brasil a internet está em pleno desenvolvimento, com aumento constante da penetração de serviços digitais, à medida em que se melhora a cobertura de internet, principalmente a móvel, de smartphones e tablets.  Logo, temos muitas possibilidades com os novos consumidores que são incluídos na rede.

O eBay não é só um site de leilões ou venda de produtos usados, mas ainda mantém essa marca entre o público. Como essa percepção pode mudar? Acho que o senso é o de que o eBay é um lugar para comprar e vender. E hoje isso está muito mais claro, principalmente pelo tamanho de nossa atuação. Estamos sempre aumentando a relação entre as mais de 190 áreas econômicas nas quais atuamos.

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Como deve ser a postura do eBay na hora de competir com o Mercado Livre, após a venda da participação que a empresa tinha ? O e-commerce sempre foi competitivo e vai continuar assim. Logo, a solução é ser diferente. Atuamos de uma forma diferente do Mercado Livre, nossos compradores conseguem produtos de diferentes partes do mundo. Penso que ao oferecermos mais de meio bilhão de itens à venda por um preço muito mais baixo, garantindo boas experiências aos vendedores, vamos ter continuamente essa vantagem.

Os sites de e-commerce parecem já consolidados. Há como inovar, ainda? Sim. Estamos investindo muito em inovação. Há alguns anos iniciamos a experimentação com inteligência artificial para organizar nossos dados que não estavam bem-estruturados. Todas as informações que são geradas entre as mais de um bilhão de listas de produtos e categorias que possuíamos são, depois, usadas para extrair informações que ajudam os vendedores com suas estratégias de negócios. Os avanços em inteligência artificial são o caminho para evoluir em nosso mercado.

 

 

 

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