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Entrevista: o caçador de startups israelenses

Yoav Leitersdorf, especialista em cibersegurança, fala de como achar talentos na área e do trabalho de instigar empresas israelenses a ir ao Vale do Silício

Por Carla Monteiro 11 abr 2017, 17h30

Um evento realizado na sexta-feira (7) pela Brainvest, companhia de consultoria de investimento em tecnologia, discutiu questões de cibersegurança. Um dos presentes, o israelense Yoav Leitersdorf, falou com exclusividade ao site de VEJA. Leitersdorf é especialista em cibersegurança, investidor e gerente da YL Ventures, uma empresa que caça talentos científicos e startups especializadas em tecnologia, em Israel, para levá-las ao Vale do Silício, nos Estados Unidos. Confira:

Como acontece a ponte entre as startups e as grandes empresas de tecnologia? Encontramos as empresas que têm boas ideias em um estágio e, então, convidamos seus representantes a se mudarem para os Estados Unidos. Na maioria das vezes, para o Vale do Silício. Quando isso acontece, mantemos o nível de investimentos e desenvolvimento em Israel, onde os engenheiros estão, mas, ao mesmo tempo, nos aproximamos da equipe para assessorar e administrar o negócio da companhia. Além disso, promovemos networking ao aproximar as pequenas empresas das grandes companhias. Eventualmente, dentro de alguns anos, as startups são compradas por empresas maiores, como aconteceu ano passado com a Firelayers, uma empresa de cibersegurança, adquirida por 60 milhões de dólares.

Como vocês encontram talentos na área da tecnologia e cibersegurança? Temos um sistema otimizado de caça-talentos. Desenvolvemos um software especializado que escaneia redes sociais, como Facebook, Linkedin, e outras ferramentas de buscas na internet, procurando por novas ideias no setor. Ou seja, não esperamos que venham até nós e nos peçam capital de investimento. Nada disso. Nós vamos atrás das startups, e entramos em contato por e-mail, mensagem ou ligação telefônica para conhecer melhor o projeto. Quando acreditamos que a startup está trabalhando em algo interessante, investimos na solução. Sabemos de tudo isso por meio de monitoramento das redes sociais e outras ferramentas de buscas na internet, por meio de nosso software especializado.

Por que Israel tem um mercado promissor nas áreas de tecnologia e cibersegurança? Acredito que é por conta das forças armadas israelenses, especificamente das unidades de segurança das forças de defesa. Eles treinam milhares de soldados, todos os anos, ensinando-os os mais importantes e relevantes aspectos de tecnologia e cibersegurança, assuntos que nos interessa. Ou seja, exatamente o que é necessário saber para defender e atacar durante uma guerra cibernética. Isso faz com que esses soldados, quando deixam o exército, acabem se juntando a empresas de segurança e tecnologia para depois criar suas próprias startups, nas quais estamos interessados em investir. 

Qual você acha que é a grande tendência na cybersegurança? Estamos olhando com cuidado a questão dos veículos autônomos, os carros que se dirigem sozinhos, sem motorista. É necessário investir em cibersegurança, pois se não houver proteção, carros autônomos sofrerão muitos ataques, como qualquer outro dispositivo que demanda tecnologia. Isso porque os hackers podem invadir o sistema e assumir o controle dos veículos. Tal problema pode tomar grandes proporções. Na pior delas, colocar em risco a vida das pessoas.

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