Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

É possível hackear celulares com ondas sonoras, diz pesquisa

Autores do estudo ainda alertam para as consequências de invasão de sistemas de drones, carros autônomos e aparelhos medicinais

Por Carla Monteiro
14 mar 2017, 18h41

Basta tocar no assunto de segurança e tecnologia que já vem à cabeça os ciberataques, os vírus, o roubo de informações e dados, entre outros problemas típicos da internet que, embora comuns, não são, digamos, palpáveis (é impossível manusear um vírus de computador, por exemplo). Porém, uma pesquisa recente da Universidade de Michigan e da Universidade da Carolina dos Sul (ambas nos EUA) apontou que dispositivos — como drones, celulares, computadores e aparelhos medicinais — também podem ser hackeados fisicamente. Para tal, basta usar um recurso tecnológico bem mais antigo: ondas sonoras.

Segundo os pesquisadores, a invasão seria possível devido a uma vulnerabilidade encontrada nos acelerômetros, pequenos componentes que são responsáveis pelas informações de navegação dos aparelhos modernos. Só com eles um smartphone, por exemplo, consegue indicar sua localização no GPS ou a distância percorrida durante uma caminhada de seu dono.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas testaram a interferência dos ruídos nos acelerômetros de smartphones. Para tal, usaram como “arma de invasão” um carrinho de controle remoto. Em princípio, as consequências nesses dispositivos podem parecer triviais. Mas os autores da pesquisa alertam para os riscos que uma ação do tipo, executada por hackers, poderia ter em serviços como os medicinais, a exemplo de em aparelhos que realizam a dosagem automática de insulina em pacientes diabéticos.

Além disso, a vulnerabilidade encontrada também exibiu um novo desafio para as empresas que desenvolvem veículos autônomos, a exemplo de drones e automóveis. Apenas com a utilização das ondas sonoras, esses dispositivos poderiam ser desligados à distância. De acordo com informações do jornal americano The New York Times, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos deve emitir, ainda nesta terça-feira (14), um alerta de segurança para as empresas que fabricaram os componentes utilizados durante esse trabalho de pesquisa.

No entanto, de acordo com os cientistas, a descoberta não representaria um “fim do mundo”. Isso porque, ela certamente incentivará companhias de segurança digital a achar rápidas soluções para o problema.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.