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Deak, o paleoartista

Por Da Redação
19 set 2009, 10h42

Viktor Deak reúne talentos próprios de um artista renascentista. Ele conhece com maestria a anatomia humana, as técnicas de modelagem e do desenho. Sua vantagem sobre os mestres do passado é o domínio da computação gráfica. A combinação de habilidade, conhecimento e equipamento fez com que Deak se tornasse, aos 32 anos, o mais respeitado paleoartista em atividade.

O paleoartista é um especialista em recriar representações de espécies extintas, sobretudo aquelas aparentadas ao homem moderno na árvore da evolução. Deak é o autor de boa parte dos hominídeos expostos na sala Origens Humanas, do Museu Americano de História Natural, em Nova York. Assina também um mural de 24 metros exibido na mostra Legado de Lucy.

O esqueleto incompleto dessa fêmea Australopithecus afarensis que viveu há 3,2 milhões de anos, descoberto em 1974, na Etiópia, constitui o achado fóssil mais famoso da paleontologia. Os ossos revelam que essa diminuta fêmea já andava ereta, sobre duas pernas, apesar de, nos demais aspectos fisiológicos, ser mais parecida com o macaco do que com o homem. Imenso, o painel, que circula atualmente por cidades americanas, faz uma síntese imagética de 6 milhões de anos da evolução do homem.

As reconstruções de espécies extintas estão para a antropologia como os grandes telescópios estão para a cosmologia: abrem janelas para o passado longínquo. A paleoarte floresceu em meados do século XIX. Nessa época, entre as ossadas de dinossauros, peixes cascudos e mamíferos extintos, uma em particular intrigou os naturalistas: parte do esqueleto de um homem primitivo, encontrada no Vale de Neander, na Alemanha, em 1856. O estudo desse fóssil, catalogado como Homo neanderthalensis, ou homem de Neandertal, que viveu na Ásia e na Europa entre 250 000 e 28 000 anos atrás, marcou o nascimento de um ramo da ciência: a paleoantropologia – e, por tabela, o florescimento da arte de reconstruir hominídeos.

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Deak, húngaro radicado em Nova York, ocupa o topo da cadeia evolutiva dos paleoartistas. “Suas recons-truções unem criatividade e conhecimento científico na dose certa”, disse a VEJA Ian Tattersall, curador da divisão de antropologia do Museu Americano de História Natural.

O paleoartista também pratica ioga, ciclismo, corrida e levantamento de peso. A atividade não é uma forma de quebrar a rotina sedentária de horas diante do computador. Ele acredita que fazer exercícios físicos pode ser ilustrativo sob o ponto de vista anatômico. “Eles me ajudam a compreender a mecânica do corpo humano, algo que preciso levar em conta quando faço uma reconstrução”, conta. Qual o sonho de Deak? Construir figuras tão realistas que convençam o observador, ainda que por segundos, de que o ser representado está vivo. “O grande truque é fazer de minhas imagens uma espécie de máquina do tempo, que traga nossos ancestrais até nossos dias”, diz. Talvez esse objetivo não esteja tão distante.

Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes).

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