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Você está com dor física? Solte um sonoro palavrão

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h40 - Publicado em 14 jul 2009, 18h34

Muitas vezes, o palavrão surge no meio de uma briga, após uma fechada no trânsito ou até mesmo ao bater o dedo mínimo contra o pé da mesa. Na maioria dessas situações, o xingamento traz a sensação de alívio. Um estudo realizado pela Universidade de Keele, na Inglaterra, confirmou que, de fato, proferir palavrões pode reduzir a intensidade das dores físicas.

“O palavrão ajuda a aliviar a dor porque, ao fazê-lo, você verbaliza uma emoção”, explica Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Enquanto você não ‘joga fora’ esse sentimento, a emoção enclausurada gera respostas hormonais que fazem com que você se sinta mal, pois o estímulo está batendo no cérebro e vai aumentando sua raiva. O grito coloca isso para fora”, complementa.

Os 64 voluntários que participaram do estudo inglês colocaram suas mãos submersas em um balde de gelo e falaram palavrões durante a ação. Depois, realizaram a mesma experiência, porém em silêncio. Na primeira situação, as pessoas aguentaram a dor por 40 segundos a mais. “Quando você fala um palavrão, o cérebro entende que aquilo foi uma resposta ao que causou o stress. Então, ele entende que não precisa mais ficar ruminando essa sensação”, conta Monezi.

A mente é, portanto, influenciada pelas palavras verbalizadas – mas não apenas as mais “pesadas”. As sentenças afirmativas, por exemplo, tem valor positivo. Usar frases como “vou fazer” em lugar de “vou tentar” e “tenho um desafio” ao invés de “tenho um problema” podem nos ajudar a alcançar objetivos com mais facilidade.

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“Se algumas construções que fazem parte de nosso hábito linguístico pudessem ser transformadas em sentenças pró-ativas, viveríamos de forma mais interessante”, argumenta Alexandre Bortoletto, da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística. “Quando você diz que vai ‘tentar fazer’, pressupõe que já esta pensando no fracasso”, diz.

De acordo Monezi, tudo o que é dito age diretamente sobre o cérebro humano. “A palavra positiva faz muito bem à saúde: com ela, a amígdala (no lobo temporal) manda mensagens para os centros cerebrais relacionados ao bem-estar, que se alimentam com dopamina e serotonina”, explica. “Por exemplo, um desafio vencido gera muito mais prazer para o cérebro que um problema resolvido”, afirma o pesquisador.

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