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Vacina contra o HPV pode ser eficaz mesmo para mulheres que já contraíram o vírus, diz estudo

Um novo estudo apresentado nos Estados Unidos mostrou que a imunização é capaz de proteger quem já foi infectado anteriormente

Por Da Redação
22 abr 2015, 18h12

Uma pesquisa apresentada na última terça-feira no encontro da Associação Americana de Pesquisa sobre o Câncer indica que a eficácia da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) pode ser estendida mesmo a mulheres que já foram infectadas pela doença no passado. Essa é uma boa notícia para quem já teve o vírus e não recebia a indicação médica para tomar a vacina, por falta de evidências da proteção para esse grupo. Atualmente, a vacina é dirigida a adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual.

Nesse estudo, os cientistas liderados pelo Instituto Nacional do Câncer americano (NCI, na sigla em inglês) acompanharam por quatro anos 4 186 mulheres entre 18 e 25 anos que receberam ou a vacina que protege contra dois subtipos do HPV ou uma vacina controle. Os resultados mostraram que, além de ser eficaz para proteger 83% das mulheres contra as infecções, a vacina também impede que 58% das mulheres que tiveram HPV sejam novamente infectadas. O HPV é uma infecção local que pode atingir, separadamente, a cervical, o ânus e a boca e, ocasionalmente, pode levar ao desenvolvimento de câncer.

“Mesmo que a vacina contra o HPV não ajude a combater infecções correntes, observamos que ela pode proteger mesmo mulheres expostas ao vírus contra infecções futuras”, afirma Daniel Beachler, pesquisador do NCI e um dos autores do estudo.

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Nos Estados Unidos, mulheres até 26 anos também têm o direiro de receber as doses da vacina. A explicação é que, como até essa idade elas provavelmente não tiveram contato com todos os tipos de vírus, a vacina pode ser eficaz. O novo estudo traz mais evidências de que mulheres ainda mais velhas podem receber as doses e se beneficiar da proteção da vacina.

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Resistência – Como até o momento os estudos mostravam que a vacina contra o HPV tinha eficácia reduzida em quem iniciou a vida sexual, as campanhas em todo o mundo são dirigidas a adolescentes. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) imuniza gratuitamente meninas entre 9 e 13 anos. Nos Estados Unidos, a recomendação de rotina é que jovens entre 11 e 12 anos sejam vacinados.

Esse foco, contudo, tornou a vacina alvo da resistência dos pais. Entre as razões, está a ideia de que o imunizante leve as adolescentes a adotar comportamentos sexuais precoces ou arriscados ou elevar as taxas de doenças sexualmente transmissíveis. No Brasil, a adesão à vacina foi muito baixa. Nos Estados Unidos, alguns Estados se opuseram a implementar um programa de vacinação obrigatória.

(Da redação)

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