Uso da tecnologia pode ajudar tratamento de adolescentes com doenças crônicas
Segundo pesquisadores, ao se comunicar pela internet ou pelo telefone com o médico, jovens pacientes se tornam mais engajados na própria saúde
Adolescentes com doenças crônicas – como fibrose cística, doença de Crohn e diabetes tipo 1 -, podem se beneficiar da internet para tratar sua saúde, revelou uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, divulgada nesta segunda-feira no periódico Pediatrics.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Preparing Adolescents With Chronic Disease for Transition to Adult Care: A Technology Program
Onde foi divulgada: periódico Pediatrics
Quem fez: Jeannie S. Huang, Laura Terrones, Trevor Tompane, Lindsay Dillon, Mark Pian, Michael Gottschalk, Gregory J. Norman e L. Kay Bartholomew.
Instituição: Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos
Resultado: Um programa usou a tecnologia para facilitar a transição dos cuidados médicos pediátricos para adultos, em adolescentes portadores de doenças crônicas.
Participaram do estudo, que durou oito meses, 81 pacientes de doze a vinte anos. Eles receberam um celular com acesso à internet e foram orientados a acessar um site semanalmente para receber informações e dicas de estilo de vida saudável. Mensagens de texto eram enviadas de três a cinco vezes por semana para ajudar os jovens a realizar tarefas como monitorar sintomas, agendar consultas e interpretar despesas médicas.
“Pais costumam controlar o tratamento de adolescentes com doenças crônicas, mas nós queremos que os pacientes tenham voz e se tornem responsáveis pela própria saúde. O objetivo desse estudo foi melhorar a comunicação entre pacientes adolescentes e médicos”, diz Jeannie Huang, líder do estudo e membro do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia. “Ao usar a tecnologia para se comunicar, os pacientes se tornam mais envolvidos com a sua saúde e com o preparo para a vida adulta.”
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Os participantes puderam relatar problemas de saúde por meio de mensagens de texto enviadas diretamente para equipe médica. Em um caso, um jovem acessou o serviço de emergência, quando, em condições, não teria procurado ajuda antes que os sintomas se agravassem. “Os pacientes se sentiram menos julgados quando usavam a tecnologia para se comunicar com o médico”, explica Jeannie.