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Um terço dos pais erra ao aplicar protetor solar nos filhos

Estudo feito por dermatologistas mostra que familiares consideram que uso do produto é desnecessário em dias nublados ou fora do período do verão

Por Da Redação
11 out 2014, 13h40

Cerca de um terço dos pais de crianças não aplica protetor solar de forma correta em seus filhos: essa parcela acredita que o uso produto é necessário apenas na praia ou em dias de verão. É o que mostra um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo com mais de 800 pais e 150 educadores de todo o país.

De acordo com o estudo, 38% dos entrevistados acham que o a proteção solar é desnecessária em dias nublados ou em outras estações do ano que não o verão. No entanto, dermatologistas afirmam que a criança deve se proteger do sol, usando bloqueadores solares, chapéus e ficando na sombra, por exemplo, durante o ano todo.

Uso correto – “O ideal é que, após os seis meses de vida, a criança utilize protetor solar com fator de proteção de raios UVB de no mínimo 30 e com bloqueadores dos raios UVA, que estão presentes mesmo em dias nublados”, diz Paulo Criado, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo e dermatologista do Hospital das Clínicas da USP. Segundo ele, antes disso, o bebê não deve ser exposto ao sol porque sua pele ainda é muito sensível, havendo risco de queimaduras.

O médico explica que, ao adulto aplicar protetor solar em uma criança, ele deve usar uma quantidade que cubra a palma de sua mão para conseguir proteger todo o corpo da criança. Além disso, a aplicação do produto deve ser feita pelo menos meia hora antes da exposição solar e repetida no primeiro momento de contato com o sol, a cada duas horas e também caso a criança transpire ou entre na água.

Segundo a pesquisa, uma das principais afetadas pela desproteção solar são as crianças com menos de três anos, já que 32% dos pais afirmaram que só passam a aplicar protetor solar em seus filhos a partir dessa idade. Além disso, 15% consideram que crianças de até dois anos não precisam usar o produto. “O dado é preocupante porque quanto mais a criança se expõe, maior o risco de câncer de pele no futuro”, diz Paulo Criado.

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Câncer de pele – De acordo com o dermatologista, não proteger crianças contra a exposição ao sol pode ser um fator desencadeador de câncer de pele na vida adulta. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) calcula que a doença representa 25% de todos os tumores malignos diagnosticados entre brasileiros. “O câncer de pele, principalmente o melanoma, é semeado na infância. O dano que a radiação solar faz às células é acumulativo ao longo do tempo. Por exemplo, uma queimadura solar com bolha em uma criança dobra o risco de ela ter melanoma na vida adulta”, diz Criado.

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Desprotegidos – O estudo dos dermatologistas ainda mostrou que mais da metade dos pais (58%) de crianças sabe que a falta de proteção solar na infância aumenta o risco de câncer de pele. Mesmo assim, 11% não passam protetor solar nos filhos – principalmente porque se esquecem (42%), acham o produto caro (32%) ou então não consideram que isso seja importante (15%). Além disso, a maioria dos pais que passam o produto nas crianças não o reaplica quando necessário.

O estudo também mostrou que os erros dos pais na hora de proteger crianças contra o sol se repetem entre os educadores. Embora a maioria (57%) dos professores entrevistados saiba que a desproteção solar na infância eleva o risco de câncer, metade deles deixa os seus alunos expostas ao sol no horário em que a radiação é mais intensa, entre as 10 e 15 horas.

Campanha – Segundo o dermatologista, é importante que pais e educadores ensinem a importância da proteção para as crianças. “É na infância que você consegue fixar mais esses ensinamentos. Por isso, a aprendizagem no colégio é fundamental. Mudando o hábito da criança, é provável que se mude, também, os hábitos de família”, diz.

A pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo foi publicada junto com a divulgação da nova campanha da entidade, “Sol, amigo da infância – pele protegida para toda a vida”. Em uma das ações, dermatologistas farão campanhas em escolas de todo país sobre o tema.

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