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Terapia de reposição hormonal protege a saúde cardíaca da mulher, diz estudo

Pesquisa reafirmou que a técnica é segura e promove benefícios à saúde sem aumentar as chances de câncer de mama ou trombose venosa

Por Da Redação
11 out 2012, 09h12

De acordo com uma pesquisa feita na Dinamarca, mulheres que passam a fazer reposição hormonal durante dez anos após a menopausa apresentam um risco significativamente menor de mortalidade, insuficiência cardíaca e de infarto. Esse efeito positivo ocorre sem que as chances de efeitos adversos como trombose venosa profunda, câncer e derrame cerebral sejam aumentadas, revelou o estudo, que foi publicado nesta semana no site do periódico British Medical Journal (BMJ).

Tipos de terapia hormonal:

TERAPIA DE ESTROGÊNIO E PROGESTERONA

Antes da menopausa, os ovários da mulher produzem estrogênio e, quando ela ovula, progesterona. Após esse período, os níveis desses hormônios no organismo sofrem uma queda. A TEP fornece uma parte do estrogênio e da progesterona produzidos pelos ovários antes da menopausa. O estrogênio aplicado sozinho pode surtir efeitos adversos, como a hiperplasia do endométrio, que é o espessamento do revestimento uterino e pode resultar em câncer. No entanto, a progesterona elimina esse risco de câncer e, por isso, é recomendada a mulheres que não fizeram histerectomia (retirada do útero).

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TERAPIA DE ESTROGÊNIO

Fornece uma parte do estrogênio produzido pelos ovários antes da menopausa e é recomendada a mulheres que fizeram histerectomia, já que, como elas não possuem mais o útero, não correm o risco de ter câncer no órgão. Assim, elas não precisam da progesterona. Os efeitos sobre os sintomas da menopausa são semelhantes aos da terapia de estrogênio e progesterona.

Discussão – A segurança da terapia de reposição hormonal foi questionada diversas vezes pelas pesquisas científicas. A técnica passou a ser utilizada na década de 1980 e foi muito bem recebida por ajudar as mulheres ao atenuar os principais sintomas da menopausa, mas os seus riscos eram praticamente ignorados. No entanto, em 2002, os resultados de um estudo que durou dez anos, o Women’s Health Initiative (WHI, Iniciativa da Saúde da Mulher, em tradução livre), revelou que a terapia apresenta, sim, danos à saúde da mulher se for usada desenfreadamente. Por isso, a partir da divulgação dessa pesquisa, seu uso foi reduzido pelo medo principalmente do câncer de mama.

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Veja também: Especialista tira dúvidas sobre menopausa

Porém, de 2002 para cá, muitos estudos sobre a reposição hormonal foram feitos e suas conclusões devolveram aos médicos a confiança na segurança e na eficácia da terapia quando indicada de forma correta. A nova pesquisa dinamarquesa acrescentou mais evidências a favor da terapia, mostrando que não há riscos adicionais da técnica para a saúde cardiovascular se utilizada a longo prazo e nem se passar a ser aplicada logo após a menopausa.

Pesquisa – Participaram do estudo 1.006 mulheres de 45 a 58 anos. Metade das participantes foi submetida à reposição hormonal durante dez anos seguidos e o restante não fez nenhum tratamento do tipo. Ao longo desse período, 33 mulheres que não passaram pela terapia hormonal tiveram algum um evento cardiovascular (resultando ou não em morte), enquanto, entre o grupo da reposição hormonal, esse número foi de 16 pacientes. Segundo os autores, as mulheres do grupo da reposição hormonal não apresentaram maiores riscos de câncer de mama, trombose venosa ou AVC em comparação com as pacientes que não se submeteram ao tratamento.

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