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Sucesso de vendas, pulseira fitness não faz perder peso

Uma nova pesquisa sugere que um plano de dietas e exercícios é mais efetivo para a perda de peso do que a utilização de um destes dispositivos

Por Da redação
Atualizado em 21 set 2016, 17h02 - Publicado em 21 set 2016, 15h27

Popular entre as pessoas que querem emagrecer e os aficionados de exercícios, as pulseiras fitness, aquelas que rastreiam a atividade física dos usuário, não contribuem para a perda de peso. De acordo com um estudo publicado na terça-feira no periódico científico JAMA, quando o objetivo é emagrecer, seguir um simples plano alimentar e de exercícios é mais eficiente do que o uso do dispositivo.

No estudo, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, acompanharam 470 pessoas com sobrepeso e idade entre 18 e 35 anos, durante 24 meses. Nesse período, todos os participantes receberam uma dieta de baixa caloria, um programa de exercícios e foram convidados para participar de sessões de grupo semanais.

Seis meses após o início do estudo, metade dos participantes recebeu uma pulseira fitness que rastreia a atividade física dos usuários e envia os dados para um programa de computador. Esses dados também podem ser associados ao plano alimentar do usuário. Na mesma época, os dois grupos passaram a receber sessões de aconselhamento por telefone, mensagens de texto motivacionais e acesso ao suporte on-line. As sessões de grupo semanais foram reduzidas a reuniões mensais.

Os resultados mostraram que os participantes do grupo que recebeu o dispositivo não perderam mais peso que os demais voluntários que precisavam monitorar sua alimentação e exercícios por conta própria. Por outro lado, essas pessoas emagreceram bem menos do que o restante. A média de perda de peso entre as pessoas que receberam a pulseira fitness foi de 3,5 kg, contra 5,8 kg entre os participantes que se automonitoraram.

Vendida com a promessa de ajudar na perda de peso, a  pulseira fornece informações sobre a quantidade de passos dados etapas, atividade física realizada e informações precisas sobre o seu consumo de energia – quantas calorias você está queimando no dia. Além disso, ela tem uma interface on-line que permite ver esses dados de uma forma muito mais detalhada. É possível também acompanhar a dieta. 

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“Nós começamos o estudo com a hipótese de que o grupo que usou o dispositivo teria melhores resultados na perda de peso. Então ficamos um pouco surpresos, recuamos e pensamos ‘talvez esses dispositivos não sejam tão eficazes para todos’. Curiosamente, depois de alguns meses as pessoas começam a achar esses dispositivos menos úteis. Eles tornam-se estagnantes. Durou cerca de doze semanas e, em seguida, perderam o brilho. Às vezes, entre os três e seis primeiros meses, eles passaram a usá-las cada vez menos”, disse John Jakicic, diretor do Centro de Pesquisa em Atividade Física e Controle de Peso da Universidade de Pittsburgh, à rede americana CBS News.

Apesar da diferença na perda de peso, ambos os grupos apresentaram melhoras significativas na proporção de músculo a gordura corporal, fitness, atividade física e dieta.

Outro estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Washington, também nos Estados Unidos, com 141 pessoas que utilizaram pulseiras fitness em algum momento da vida mas depois cansaram, mostrou que, embora metade dessas pessoas tenha se sentido culpada com essa atitude, as demais se sentiram “livres”.

Entre aqueles que sentiram culpados, o principal motivo para terem deixado de usar o dispositivo foi porque ele quebrou ou foi perdido e não foi reposto. Já naqueles que se sentiram livres depois que pararam de usar a pulseira, a razão alegada para fazer isso foi justamente a falta de motivação para continuar a usá-la ou simplesmente porque se esqueciam de colocá-la.

Quando os pesquisadores fizeram várias recomendações aos voluntários para que voltassem a utilizar o equipamento, aqueles que se sentiram culpados foram muito receptivos a elas. Mas os que já tinham conseguido o que queriam sem a ajuda do dispositivo consideraram as sugestões preconceituosas e inúteis.

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“Neste momento, os aplicativos de monitoramento fitness tendem a assumir que as pessoas vão utilizá-los para sempre, e claramente esse não é o caso. Dado que algumas pessoas sentem alívio quando param de usá-los, pode haver melhores maneiras de ajudá-las a dar maior valor aos dados obtidos enquanto usaram o equipamento”, disse James Fogarty, coautor do estudo.

 

 

 

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