Sexting está relacionado ao comportamento sexual de risco
Pesquisa confirma a relação entre a troca de mensagens com conteúdo sexual entre adolescentes com o sexo desprotegido
Adolescentes que trocam mensagens de celular (texto ou fotos) com teor sexual explícito têm mais chances de manter comportamento sexual de risco. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Pediatrics, o sexting, como é conhecida a prática, não é um substituto ao “mundo real” do sexo, mas sim parte de um conjunto de atitudes que levam ao sexo arriscado entre adolescentes.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Sexually Explicit Cell Phone Messaging Associated With Sexual Risk Among Adolescents
Onde foi divulgada: revista Pediatrics
Quem fez: Eric Rice e equipe
Dados de amostragem: 1.800 adolescentes que frequentavam o colegial na cidade de Los Angeles
Resultado: O sexting não substitui o “mundo real” do sexo, mas faz parte de um conjunto de comportamentos de risco. Entre aqueles que praticam a troca de mensagens, há riscos mais elevados de engajamento no comportamento sexual de risco – como o não uso da camisinha.
No estudo, foram avaliados 1.800 alunos do colegial da cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. Entre aqueles que tinham acesso ao celular, 15% relataram já terem feito sexting, enquanto 54% disseram conhecer alguém que já tinha mandado mensagens com teor sexual explícito. Os adolescentes que disseram ter feito sexting era mais propensos a serem sexualmente ativos, e mais suscetíveis ao sexo desprotegido.
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Segundo a pesquisa, alguns grupos de adolescentes eram mais propícios ao sexting. Entre eles, os afro americanos, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Para os autores, os médicos deveriam usar o sexting como uma maneira amigável de conversar sobre a vida sexual dos pacientes, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a prevenção da gravidez indesejada. Eles sugerem ainda, que discussões sobre o sexting sejam incluídas no currículo escolar de saúde.
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