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Separação da mãe após o parto causa stress físico ao recém-nascido

Sem o contato físico com a mãe, o bebê tem 86% a mais de chances de não ter o sono tranquilo

Por Da Redação
3 nov 2011, 10h59

Uma mulher entra em trabalho de parto e dá à luz. Em seguida, o recém-nascido é coberto e colocado para dormir em um berço próximo ou levado para longe, no berçário. Apesar de essa ser a rotina dentro dos hospitais ocidentais, além de ser um procedimento indicado pela Academia Americana de Pediatria, uma nova pesquisa publicada no periódico Biological Psychiatry fornece novas evidências de que separar o bebê da mãe pode ser um motivo de stress desnecessário para a criança.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Should Neonates Sleep Alone?

Onde foi divulgada: revista Biological Psychiatry

Quem fez: Barak E. Morgan, Alan R. Horn e Nils J. Bergman

Instituição: Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul

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Dados de amostragem: 16 bebês com dois dias de vida

Resultado: Apesar de recomendada pela Academia Americana de Pediatria, separar o recém-nascido da mãe pode trazer stress desnecessário ao bebê. A pesquisa mostrou que a separação tem impactos negativos nos bebês, como na duração do sono e na frequência cardíaca.

Os impactos psicológicos para o bebê causados pela separação eram, no entanto, desconhecidos. Os pesquisadores mediram, por uma hora, a variabilidade da frequência cardíaca em 16 bebês com dois dias de idade, durante o contato físico (pele a pele) com a mãe e no período em que eles estavam sozinhos no berço. A atividade neonatal autonômica (controla a vida vegetativa, como respiração e circulação sanguínea) era 176% maior e o sono tranquilo, 86% menor durante a separação. A pesquisa sugere que isso é algo que causa um importante stress fisiológico para o bebê.

Contradição – A pesquisa aborda ainda uma contradição: em pesquisas animais, a separação entre mãe e filho é uma maneira comum de criar stress para estudar os efeitos prejudiciais no desenvolvimento do cérebro do recém-nascido. Ao mesmo tempo, a separação dos bebês humanos é uma prática comum, particularmente quando há a necessidade de cuidados médicos especializados.

“O contato pele a pele com a mãe acaba com essa contradição, e nossos resultados são o primeiro passo na direção de entender exatamente por que os bebês se saem melhores quando têm esse contato físico com a mãe, frente aos cuidados na incubadora”, diz Barak Morgan, coordenador do estudo.

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De acordo com a equipe, são necessárias pesquisas posteriores para se entender melhor os efeitos da separação. Entretanto, o contato físico traz benefícios já conhecidos ao bebê, além de evitar um stress físico desnecessário. Assim, conforme novas evidências surgem, os médicos se deparam com um novo desafio: integrar o contato físico nos tratamentos de rotina, enquanto ainda conseguem fornecer com segurança os demais cuidados de praxe com o recém-nascido.

Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre gravidez e cuidados com o recém-nascido:

(Com reportagem de Natalia Cuminale)

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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