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Sensibilidade materna ao glúten aumenta risco de esquizofrenia nos filhos

Recém-nascido com maiores níveis de anticorpo associado à sensibilidade pode ter até o dobro de risco de apresentar uma desordem psiquiátrica

Por Da Redação
11 Maio 2012, 13h28

Mães que são sensíveis ao glúten, proteína presente no trigo, na cevada, na aveia e no centeio, podem influenciar o risco de seus filhos terem problemas psiquiátricos, como esquizofrenia, segundo pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, e da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Essa é a primeira vez em que tal associação é feita. Antes, o aumento das chances de distúrbios como esses só havia sido relacionado com infecções e outras desordens inflamatórias maternas. O resultado faz parte de uma pesquisa que será publicada na edição do mês de junho do periódico American Journal of Psychiatry.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Maternal Antibodies to Dietary Antigens and Risk for Nonaffective Psychosis in Offspring

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Psychiatry

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Quem fez: Hakan Karlsson, Åsa Blomström, Susanne Wicks, Shuojia Yang, Robert Yolken e Christina Dalman

Instituição: Instituto Karolinska, Suécia, e Universidade Johns Hopkins Estados Unidos

Dados de amostragem: 764 recém-nascidos

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Resultado: Sensibilidade da mãe ao glúten está associada ao dobro do risco do filho apresentar uma desordem psiquiátrica, como esquizofrenia ou transtorno delirante, ao longo da vida

Os pesquisadores analisaram dados do nascimento e amostras de sangue de 764 recém-nascidos entre 1975 e 1985. Eles mediram, no sangue dos bebês, os níveis do anticorpo IgG, que ataca a proteína do leite de vaca e também a gliadina, um dos componentes do glúten. Esse anticorpo, cuja presença determina a sensibilidade que uma pessoa tem a esses alimentos, atravessa a placenta durante a gravidez para conferir ao bebê imunidade.

Ao longo dos anos seguintes, 211 dessas crianças desenvolveram alguma desordem psiquiátrica, como esquizofrenia ou transtorno delirante. Os resultados indicaram que crianças que tinham maiores níveis do anticorpo anti-gliadina apresentaram o dobro de risco de terem um problema psiquiátrico do que as crianças com quantidades normais do anticorpo. A associação continuou a mesma mesmo depois de a equipe adequar os resultados para fatores que ajudam a desencadear desordens psiquiátricas, como idade da gestante e peso do bebê ao nascer.

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De acordo com Hakan Karlsson, que coordenou o trabalho, esses dados reforçam a ideia de que os riscos de uma desordem psiquiátrica podem ser moldados por, além de genes e estilo de vida, fatores associados à gestação da mãe. “No entanto, isso não significa de maneira alguma que todo o tipo de sensibilidade a alimentos provoquem esquizofrenia”, diz o pesquisador.

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