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Queijos, hambúrgueres e empanados terão teor de sódio reduzido

Ministério da Saúde amplia acordo firmado há dois anos e meio com a indústria alimentícia para diminuir o sal das comidas industrializadas

Por Da Redação 5 nov 2013, 12h40

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira a ampliação do grupo de alimentos industrializados que passarão a ter menos teor de sódio. O acordo firmado com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) em 2011 chega à quarta etapa e, nesta leva, prevê a diminuição em até 68% de teores de sal em sopas prontas, queijos, requeijões e embutidos, como linguiças e hambúrgueres. A meta é que até 2020 sejam retiradas 28 000 toneladas de sódio dos alimentos brasileiros.

Desde o início do pacto entre o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia, há dois anos e meio, foram contemplados dezesseis grupos de alimentos no esforço de diminuir a quantidade de sódio em sua composição. A redução representa, de acordo com o ministro Alexandre Padilha, um alcance de 90% dos produtos industrializados consumidos pela população.

O queijo mussarela será o mais afetado pela redução, que chega a 68% do teor de sódio em um período de quatro anos. Em seguida estão o requeijão cremoso (63,2%), hambúrgueres (59%), empanados (54,8%) e linguiça frescal (42%).

A medida acarreta mudanças no preparo dos alimentos: “A redução de sódio leva a uma substituição por outro componente. O sal é conservante, então tem que trocar por algo que se conserve e faça esse papel. Temos de avaliar as alternativas possíveis e a disponibilidade dessas alternativas para abastecer o mercado”, apontou Edmundo Klotz, presidente da Abia.

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Sódio – O sódio representa 40% da composição do sal. O elevado consumo dos dois componentes está relacionado a uma série de doenças crônicas. A diretora de Análise de Situação em Saúde, Deborah Malta, aponta que, se os brasileiros seguissem recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que limita o consumo diário de sal a 5 gramas, o impacto seria uma redução em torno de 15% dos casos de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e de 10% dos óbitos por infarto. Atualmente, porém, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sal diariamente, de acordo com a última Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2008-2009.

O sódio também está relacionado à hipertensão. O levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012 mostra que 24,3% da população sofrem da doença – ou seja, quase um em cada quatro brasileiros. A hipertensão tem maior incidência entre as mulheres (26,9%) e idosos com mais de 65 anos (59,2%). A pesquisa também aponta o Rio de Janeiro como a cidade com os maiores índices de hipertensão – 29,7% dos cariocas têm a doença, de acordo com o levantamento. Em seguida estão Recife, Maceió, Aracaju e Porto Alegre.

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Baixo impacto – O acordo firmado entre o governo e o setor alimentício resolve apenas parte do excesso de sal nos alimentos. Um levantamento da Abia divulgado neste ano com base em levantamento da POF de 2008-2009 mostra que o brasileiro consome, em média, 4,46 gramas de sódio por dia. Do total, apenas 23,8% do sódio são ingeridos por meio de produtos industrializados. Ou seja, o maior problema estaria no momento do preparo dos alimentos, com o excesso da adição de sal.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no entanto, afirmou de 2009 para cá os hábitos alimentares mudaram e que, apesar de não ter dados atualizados, o índice de sódio proveniente de produtos industrializados deve ser maior. “As pessoas comem cada vez mais na rua. Temos a necessidade de ter uma estratégia nesses produtos que chegam às pessoas e que podem trazer esses malefícios”, disse o ministro.

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