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Ponte de safena garante maior sobrevivência do que angioplastia, afirma maior pesquisa do gênero

Segundo estudo, que analisou dados de 190.000 pacientes de 644 hospitais americanos, mortalidade foi menor em quem passou por ponte de safena

Por Da Redação
27 mar 2012, 21h10

Os pacientes que se submetem a cirurgias cardíacas de ‘bypass‘, como a ponte de safena, têm mais chances de sobreviver em longo prazo do que os que optam por procedimentos menos invasivos, como a angioplastia, segundo estudo apresentado nesta terça-feira na 61º conferência da Escola Americana de Cardiologia (ACC, na sigla em inglês), realizada em Chicago, nos Estados Unidos.

Opinião do especialista

Whady Hueb
Whady Hueb (VEJA)

Whady Huebcardiologista, diretor da Unidade de Aterosclerose do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP).

Este estudo impressiona pela quantidade de pacientes. Nunca vi uma avaliação deste tamanho, com 190.000 pacientes.

Mesmo assim, existem alguns problemas. A idade média da população pesquisada é muito alta, 74 anos. Normalmente se usam pacientes entre 60 e 70 anos de idade.

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O estudo americano também não usou grupos homogêneos. Quando se faz um estudo desse tipo é preciso excluir pacientes com certas condições, como câncer e doenças renais, por exemplo. Isso pode explicar a diferença encontrada a favor da cirurgia de ponte de safena.

A controvérsia sobre qual tipo de tratamento é melhor para os problemas coronarianos é antiga. Outros estudos mostram que a mortalidade, em um período de 10 anos, costuma ser igual tanto para pacientes tratados com bypass, angioplastia e medicamentos.

O que muda são as intercorrências. Quem passa por bypass sofre menos intervenções e infartos não-fatais neste período comparado a quem passou por angioplastia ou é tratado com medicamentos.

Neste ponto, não é uma surpresa a pesquisa apontar a cirurgia bypass como sendo a melhor.

A pesquisa analisou informações de 190.000 pacientes, de 644 hospitais no país, e descobriu que os que fizeram um ‘bypass’ tinham um índice de mortalidade mais baixo nos primeiros quatro anos (16,4%) se comparados com aqueles que se submeteram a angioplastia (20,8%).

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As operações de ‘bypass’ requerem uma cirurgia com o coração aberto para criar um desvio ao redor de uma artéria obstruída usando uma veia tirada de outra parte do corpo do paciente. O tipo de angioplastia examinado no estudo, conhecida como intervenção coronariana percutânea (ICP), implica uma pequena incisão para enfiar um balão, um ‘stent’ ou tubo através da artéria obstruída para desbloqueá-la. (veja os detalhes das cirurgias nos gráficos abaixo)

“Nossa pesquisa é a maior até agora, já que usa dados de todo o país. Também é muito mais abrangente do que qualquer outro estudo”, disse William Weintraub, chefe da cardiologia do Sistema de Saúde Christiana e coordenador do estudo.

“Ao combinar informações de várias bases de dados, se percebeu que a sobrevivência era melhor com a cirurgia coronária do que com a intervenção coronária percutânea”, destacou.

No entanto, a descoberta não sugere que a cirurgia de ‘bypass’ seja a opção adequada para todos. “Isso inclina a balança para a cirurgia coronariana, mas não de forma tão abrupta”, disse Weintraub. “Agora, quando recomendamos uma cirurgia coronariana aos pacientes, apesar de ser uma intervenção maior que uma ICP, podemos garantir que é uma boa decisão”, acrescentou.

A doença coronária, principal causa de morte nos Estados Unidos, ocorre quando o acúmulo de gordura estreita ou bloqueia as artérias do coração.

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(Com Agência France-Presse)

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